Farra do boi volta à Câmara Municipal

 Vereadores aprovam projeto de lei da Mesa Diretora que autoriza assessores de vereadores a pilotarem carros oficiais, prática que gerou muito prejuízo para os cofres públicos e que foi alvo de ação do Ministério Público

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Nos últimos anos, o poder Legislativo amargou prejuízos incalculáveis quando os carros oficiais eram constantemente enviados para a oficina. Os estragos provocados por assessores de vereadores que dirigiam os veículos. E muitos deles aparentavam não ter nenhum compromisso com aqueles bens públicos. Além disso, eram recorrentes os casos em que os assessores usavam o carro para passear nos finais de semana.

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O abuso gerou uma ação judicial promovida pelo Ministério Público em 2011 que pediu a condenação por improbidade administrativa de vereadores e ex-vereadores: Alexandre Villela (PMDB), Jeferson Campos (PV), Carlos Peixoto (PMDB), Luizinho da Farmácia (Pros), Digão (PSDB), Graça (PSB), Pollyana Gama (MD), Antônio Mário (PSD), Ary Kara Filho (PMDB), Chico Saad (PMDB), Maria Tereza Paolicchi (PSC), Henrique Nunes (PV), Orestes Vanone (PSDB) e Rodson Lima (PP), que faleceu neste ano. A ação ainda está em fase de defesa preliminar. Ou seja, ainda não foi aceita nem rejeitada pelo juiz da Vara da Fazenda Pública.

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Assim que assumiu o mandato de Presidente do Legislativo, em janeiro de 2013, Graça (PSB) publicou um ato determinando que somente motoristas concursados estavam autorizados a dirigir os veículos. A medida reduziu drasticamente o gasto com conserto.

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Alô, alô MP… Na quarta-feira, dia 6, os vereadores aprovaram em duas votações o projeto de lei da Mesa Diretora que instituiu novamente a farra do boi no Legislativo ao autorizar assessores a dirigir os veículos oficiais. O projeto foi assinado pelos vereadores Salvador Soares (PT), Douglas Carbonne (PC do B) e Carlos Peixoto (PMDB), que já reuniu apoio suficiente para ser eleito para o cargo de Presidente da CMT em 2014.

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Curiosamente, no domingo, 3, foi aplicada a prova do concurso público da Câmara Municipal que prevê o provimento de 9 cargos para motoristas. “Bem que o meu amigo Carlão poderia explicar melhor esta história”, pensa em voz alta Tia Anastácia.