Prefeito Ortiz Júnior (PSDB) vive uma temporada mais seca que o verão que nos assola. Ele dispõe de uma pletora de recursos financeiros e muita habilidade administrativa. Qualidades que o ex-prefeito Roberto Peixoto ignorava e nunca fez questão de ir atrás. Talvez por falta de pedágio e competência.

Peixoto sobreviveu 8 anos aos trancos e barrancos e uma prisão de três dias. Em compensação, seu patrimônio cresceu a taxas exponenciais desde os primeiros dias de 2005. Apesar do tamanho da capivara (folha policial corrida) que acompanhou seu patrimônio, o ex-prefeito tinha uma virtude: não tinha antecedentes até então.
Eis onde reside o “mistério” que enredou Ortiz Júnior: quando começou a campanha eleitoral em 2012 ela já tinha uma pequena, mas respeitável, folha corrida. Não importa qual seja o resultado dos processos que o cercam. Ele cometeu um erro elementar ao não seguir premissas como a de Júlio César, advogado romano que se divorciou de sua mulher Pompeia, em 63 aC, acusada de sacrilégio, do qual não era culpada. César justificou a sua ação com a célebre máxima: “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta.”

Ortiz Júnior ainda não entendeu a realidade que o cerca. Caso ele seja cassado em 2ª instância e consiga manter-se no cargo de prefeito enquanto se utiliza dos meandros do direito para se defender, Júnior não terá mais condições políticas para conduzir a prefeitura.
Parafraseando Júlio Cesar, apesar de todos os outros bons resultados que poderá obter em sua administração, ele não resistirá politicamente ao fio da espada da Justiça que paira sobre sua cabeça.

A corrida eleitoral para escolher quem o substituirá já começou. Tudo indica que será um vereador quem concluirá o mandato do tucano a partir de algum mês de 2015. É a vida!