Confira os temperos de Tia Anastácia para a edição 607 do Jornal CONTATO

Quem diria…
Outrora manifestante ácido a favor da probidade administrativa, vereador Joffre Neto (PSB) assumiu a linha de frente para tentar desqualificar os cidadãos que protestavam Câmara Municipal contra as regalias dos vereadores e redução de 15 % no orçamento “Quem te viu e quem te vê”, filosofa a veneranda senhora.

Ilha de privilégios 1 

Os vereadores de Taubaté  nem se dão conta de como são privilegiados. Cada gabinete tem 6 assessores, 2 celulares, 1 carro, 500 litros de gasolina/mês, 3
mil cópias de xerox, R$ 250 para correio, diária para viagens… E as regalias não param por aí. Juntando a Escola Legislativa e a Mesa Diretora, a Câmara Municipal mantém mais 40 cargos comissionados, além dos 6
existentes em cada um dos 19 gabinetes. Esses 40 cargos adicionais,
é claro, são distribuídos entre os próprios vereadores, para acomodar aliados, parentes e outras coisas mais.

Ilha de privilégios 2
O orçamento da Câmara Municipal de Taubaté é de R$ 28 milhões. São José do Rio Preto com cerca de 420 mil habitantes possui 17 vereadores e o orçamento da sua Câmara Municipal é de R$ 14 milhões.

Ilha de privilégios 3
O espírito de corpo uniu os vereadores de Taubaté contra os manifestantes. Bilili (PSDB) e Luizinho da Farmácia (PR), por exemplo, elogiaram publicamente seu colega Joffre Neto (PSB) pela ofensiva contra os
cidadãos que lutam para acabar com as regalias.

Ilha de privilégios 4
Tia Anastácia não acreditou na ousadia de seu amigo Bilili (PSDB). O tucano sugeriu a apresentação de um projeto para proibir o cidadão que tem ficha
suja a usar a tribuna livre da Câmara Municipal.

Alô, alô Ministério Público do ESP
Na edição 606, CONTATO revelou que até hoje não foi concluída a investigação da denúncia feita em junho de 2008 ao Ministério Público de Taubaté
envolvendo a Prefeitura e a empresa Sistal/ EB Alimentação Escolar em um suposto esquema de falsificação de planilhas para aumentar artificialmente o
número de refeições servidas na rede municipal de ensino. O promotor José Carlos Sampaio informou por email que foi instaurado o inquérito civil 11/2008.

Há duas semanas CONTATO solicita esclarecimentos junto �
assessoria de comunicação do Ministério Público em São Paulo. O último email foi enviado em 5 de agosto com as seguintes perguntas: 1) Qual a avaliação do
Ministério Público diante desta realidade? 2) É comum esta morosidade nas investigações do MP? Por quê? 3) O inquérito civil 11/2008 está dentro do prazo legal? Se sim, qual é esse prazo? Se não, de que forma o caso será tratado e qual será o encaminhamento? 4) Em qual órgão do Ministério Público está sendo executado este trabalho de análise? 5) Quando foi conseguida
a quebra do sigilo financeiro dos envolvidos? Quem foi o magistrado que autorizou a quebra dos sigilos? Quantas pessoas físicas e jurídicas foram alcançadas pela quebra do sigilo financeiro? 6) Quando teve início esta análise
e qual a atual situação dela? 7) Quais são os próximos passos
desta apuração?