Há muito tempo atrás, na sua adolescência, o nosso Sol estava tempestuoso por meio de diversas explosões solares. Atualmente, descobriram-se evidências que mostram que estas tempestades podem ter sido apenas a chave para semear a vida como a conhecemos.

Cerca de 4 bilhões de anos atrás, o Sol brilhou com apenas cerca de três quartos do brilho que vemos hoje. Nesse tempo, já a sua superfície era revolvida por meio de erupções gigantes, expelindo enormes quantidades de material solar e radiação para o espaço.

Estas poderosas explosões solares podem ter fornecido a energia essencial necessária para aquecer a Terra e, com isso , uma cota de energia necessária para transformar as moléculas simples em moléculas complexas orgânicas, tais como ADN e ARN que são necessárias para o surgimento da vida, como procura mostrar uma pesquisa publicada na revista Nature Geoscience, em 23 de Maio de 2016, por uma equipe de cientistas da NASA.

Uma simulação computacional foi feita para ver como a energia de nosso sol jovem (4 bilhões de anos atrás) auxiliou na criação de moléculas na atmosfera da Terra que permitiram que a mesma se aquecer o suficiente para incubar vida.

Naquela época, a Terra recebeu apenas cerca de 70 por cento da energia do Sol do que hoje“, disse Vladimir Airapetian, principal autor do artigo e um cientista energia solar na NASA Goddard Space Flight Center em Greenbelt, Maryland. “Isso significa que a Terra deveria ter sido uma bola de gelo. Em vez disso, a evidência geológica diz que era um globo quente com água líquida. Nossa nova pesquisa mostra que as tempestades solares poderiam ter sido fundamental para o aquecimento da terra.

Os cientistas são capazes de reunir a história do sol através da procura de estrelas semelhantes em nossa galáxia. Ao colocar essas estrelas como o sol, de acordo com a sua idade, as estrelas aparecem numa linha do tempo mostrando como nosso próprio sol evoluiu. É a partir deste tipo de dados que os cientistas acabam sabendo que o Sol estava mais fraco há 4 bilhões de anos atrás.

por Antônio Marmo de Oliveira, antonio_m@uol.com.br