Juro que nunca vivi e nem vi uma situação como a que estamos vivendo. De um lado, muita gente indignada, cansada de corrupção. De outro, um bando que se dizia honesto e pacifista enquanto prepara o exército (MST) do João Pedro Stedili, segundo revelou o próprio Lula.

Mas ainda existem os bem intencionados como Bresser Pereira (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/03/1596370-ricos-nutrem-odio-ao-pt-diz-ex-ministro.shtml) e Juca Kfouri (http://blogdojuca.uol.com.br/ de 09 março 2015)Bresser e Juca, curiosamente, não empregam em nenhum momento a palavra indignação. Os descontentes e indignados que manifestaram no domingo, 08, foram carimbados de elite branca, de barriga cheia, que reside nos bairros de classe média alta. Juca confessa que faz parte dessa elite.

Indignação e descontentamento viraram sinônimo de golpismo e udenismo.
Golpismo porque o impeachment previsto na constituição, que valeu para escorraçar Collor Mello em 1992, seria um golpe da elite contra os pobres se aplicado em 2015. Hoje, os senadores Lindbergh Faria (PT), líder dos caras pintadas, e Collor de Mello (PTB) são aliados e com os rabos presos na ratoeira da Lava Jato.
Udenismo era o nome dado aos simpatizantes e filiados ao partido União Democrática Nacional (UDN) Os simpatizantes e filiados da UDN ficaram conhecidos como “udenistas” e que defendiam o modernismo e o liberalismo, fazendo oposição ao populismo. Foram os maiores defensores do golpe militar de 1964.
Na minha opinião, são termos inadequados para o momento que estamos vivendo.
Estou convencido que se esgotou o ciclo político marcado pela polarização PT X PSDB com o aval bilionário do PMDB. Esses partidos e seus satélites perderam uma excelente oportunidade que poderia ter sido utilizada para solidificar a democracia e estimular um desenvolvimento sustentável.
Mas, com paciência e persistência encontraremos uma saída só viável com os corruptos em condenados e presos.

Paulo de Tarso Venceslau