Foi um dia como outro qualquer no Brasil. Mas foi um dia cheio. Confira.

Obama com a PM

Barack Obama em Sampa

            Barack Obama está no Brasil. Vai participar de um seminário promovido pela Rede Globo e o jornal Valor Econômico. Mas fez questão de posar ao lado dos PMs do Segundo Batalhão de Choque que fizeram sua escolta em São Paulo, onde o americano deu uma palestra hoje.

“Segundo policiais, o ex-presidente sorriu, agradeceu a escolta e ainda prometeu novo retrato na sexta (6) com o outro batalhão que o acompanhará”, escreveu a Folha. A foto com Obama foi publicada por policiais militares em suas redes sociais.

Pela manhã

A Lava-Jato prendeu temporariamente o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, e o seu braço-direito Leonardo Gryner, diretor-geral de operações da Rio-2016, por suposta compra de voto para que a cidade do Rio de Janeiro sediasse os Jogos do ano passado.

Arthur Nusman

Nuzman a caminho da prisão: quem diria!?!=

          Em 16 e 29 de junho de 2016, Dilma Rousseff afirmou no Twitter: “O meu governo viabilizou as Olimpíadas. Graças ao planejamento bem feito e ao nosso trabalho dedicado, estamos prontos”. “Eu gostaria de ir às Olimpíadas pq fiz todas as tratativas, preparativos e obras. Sou a mãe e o Lula o pai dos Jogos Olímpicos”.

Na hora do almoço

O Senado aprovou o projeto de lei que regulamenta o fundão eleitoral de 1,7 bilhão de reais para as campanhas políticas, aprovado na Câmara na noite de quarta-feira em votação simbólica, já que os deputados tentaram – embora, depois, tenham sido descobertos – esconder da população os próprios votos nominais.

Curiosamente, o que o ex-técnico de vôlei Bebeto de Freitas disse sobre o caso de Nuzman vale igualmente para o do fundão: “Essas coisas só acontecem quando as pessoas não se revoltam. A gente não tem indignação. Enquanto no Brasil esse sentimento não aflorar, a gente vai viver no país de merda em que a gente vive”.

Gleisi e Lindberg

O PT, quem diria, em defesa dos tucanos

          Os senadores petistas Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann passaram a semana discursando em defesa do “Estado Democrático de Direito”, contra a decisão da 1ª Turma do STF pelo afastamento de Aécio Neves de seu mandato parlamentar e pelo recolhimento noturno. “Quem diria!”, esbraveja Tia Anastácia.

Almoço caro

Entre uma garfada e outra enquanto você almoçava, o Senado aprovou o projeto de lei que regulamenta o fundão de 1,7 bilhão de reais para as campanhas políticas. Encerraram a sessão e foram almoçar. Afinal, ninguém é de ferro.

Veja a opinião do impoluto ministro Gilmar Mendes: “Depois da decisão do STF de 2015, que proibiu a doação das corporações, é uma solução que nem sempre é bem vista pela opinião pública, mas é uma solução adequada para evitar inclusive a invasão dessas bactérias oportunistas, a questão das manipulações que podem ocorrer, crime organizado, outras organizações que acabam financiando de maneira indevida as eleições.”

Barraco na Papuda, segundo o Estadão

Na prisão, Geddel, Saud e Funaro trocam ofensas

A prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, do operador Lúcio Funaro e de Ricardo Saud, executivo da JBS, tem provocado uma sessão de gritaria no presídio da Papuda, em Brasília, onde estão recolhidos. Segundo relatos, Funaro aguarda o fim do banho de sol e antes de voltar para a cela manda aos gritos recado para Saud, preso do outro lado: “Saud, vou te matar”, aterroriza o delator que o entregou. Do seu lado “do muro”, Geddel faz coro: “Saud, também vou te matar”. Saud devolve as provocações, mas só para Geddel. “Cala boca, seu gordo!”

Los tres

Cada um no seu quadrado.

Os três estão separados e não se encontram no banho de sol, justamente para evitar que cumpram a promessa. Há, inclusive, revezamento entre os advogados para que eles não se esbarrem nem no parlatório.