Três fatos podem indicar o que nos espera num futuro próximo, se nada for feito; no caso, envolvem um ministro do STF e membros da família imperial 

 Coincidência

Exonerada de Itaipu na semana passada, Samantha Ribeiro Meyer, ex-mulher de Gilmar Mendes, havia chegado ao cargo pelas mãos do então ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho.

Como o nome indica, o ex-ministro vem a ser filho do senador Fernando Bezerra Coelho, que teve sua denúncia na Lava Jato arquivada pela Segunda Turma, com votos de Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

Por coincidência, Bezerra pai é o relator da MP 870 e responsável por acolher a polêmica emenda de Eduardo Braga que restringe os poderes da Receita – após o vazamento de apuração de auditores sobre o patrimônio de Gilmar e sua atual esposa, Guiomar. (Fonte: O Antagonista)

Samantha

Ministro Gilmar Mendes e sua ex-esposa Samantha Ribeiro Meyer

            Desafio de Bolsonaro

O Estadão, em editorial, debocha do desafio de Jair Bolsonaro: “O presidente desafia ‘a grande mídia’ a lhe dizer como deve formar sua base de apoio no Congresso. Nem é preciso dizer que tal bravata piora a percepção de fragilidade política do governo, além de atribuir a terceiros uma responsabilidade que Bolsonaro recebeu junto com os poderes presidenciais – e que é, tal como estes, pessoal e intransferível.

Bolsonaro em Dallas

Bolsonaro dá entrevista em Dallas e agride moralmente uma repórter da Folha

O presidente parece incomodado com as críticas sobre a desarticulação de seu governo no Congresso, mas a única resposta que conseguiu dar a elas foi esse desafio pueril. ‘Não estamos formando aquilo que a grande mídia ainda fala, que tem que ter uma base’, disse, em seu estilo peculiar, à Rádio Bandeirantes. ‘Eu queria que a mídia dissesse como é que é feita essa base, já que eles criticam tanto, né?’ (…)

Quando um presidente da República admite não saber como formar sua base parlamentar, algo que está na essência da governabilidade, é o caso de dar razão aos que estão pessimistas com o futuro do País.” (Fonte: O Estadão)

Milícia faz transporte com balsas

Além de cobrar taxas por serviços e investir na construção ilegal de prédios, como os dois que desabaram em abril na Favela da Muzema, matando 24 pessoas, a milícia descobriu um novo filão para seus negócios.

Desde segunda-feira, a Associação de Moradores de Rio das Pedras, apontada pelo Ministério Público como um verdadeiro quartel-general das atividades irregulares do grupo paramilitar que domina a comunidade, passou a oferecer transporte aquaviário. Pelo menos duas balsas circulavam pela Lagoa da Tijuca, levando passageiros  à estação de metrô do Jardim Oceânico. Ontem, quarta-feira, a Capitania dos Portos apreendeu uma embarcação.

Balsa

Balsa das milícias em operação na Lagoa da Tijuca

Para atrair usuários, a previsão era que as viagens, em fase de teste, seriam gratuitas até amanhã. Depois, cada morador que quisesse usar o serviço pagaria R$ 40 mensais, com direito a travessias.

Vox populi, vox Dei: Fabrício Queiroz, amigo e sócio dos Bolsonaro, estaria escondido em Rio das Pedras sob proteção da milícia, assim como as vans clandestinas que ele explora. (Fonte: O Globo)