Por Paulo Lacerda

A pesquisa realizada pelo NUPES (Núcleo de Pesquisas Econômicas e Sociais) da UNITAU com alunos da rede pública municipal revelou como as crianças da terra de Lobato estão se alimentando mal. O levantamento apontou que a alimentação rica em gordura e doces somados à falta de exercícios físicos têm feito crescer os casos de obesidade entre as crianças e os adolescentes.

“As crianças admitiram que chegam a passar mais de cinco horas seguidas diante da televisão ou do computador”, contou José Felício Murad, pró-reitor da UNITAU e presidente da fundação Casa da Criança, que liderou a pesquisa. Outras quatro cidades da região também foram pesquisadas e apresentaram o mesmo quadro. Em Taubaté, porém, a situação é a mais alarmante de todos os municípios pesquisados, sendo que mais de 27% dos alunos apresentam problemas de obesidade e sobrepeso.

Para Murad, a reversão dessa situação deve ser promovida pela família, mediante a reeducação alimentar, oferecendo às crianças uma alimentação saudável e tirando os pequenos da frente do computador e da televisão.

Segundo a professora de educação física Ivana Hottum, o poder público deve priorizar as atividades físicas nas escolas e oferecer mais segurança pública para que a garotada volte a brincar nas ruas. “O caso é grave. E deveria ser adotado com política pública de prioridade, com objetivos claros, informativos e formativos, através do desenvolvimento de comissões de estudo nas áreas de saúde, educação e esportes, para a realização de projetos que visem a reflexão e mudança de hábitos”, completou Hottum.

A nutricionista a Casa da Criança, Jaqueline Müller, afirmou que as crianças e adolescentes de hoje em dia estão deixando de lado àquela alimentação primária (arroz, feijão, carne, legumes e verduras) e cada vez mais migrando para produtos industrializados, que são ricos em sal, açúcar e gorduras.

SAL – Foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, dia 25, a resolução aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária que determina às empresas fabricantes de sal a redução de sódio no produto. As firmas têm 90 dias para se adequar. Pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que a população brasileira é uma das maiores consumidoras do iodo. No País, cada pessoa consome em média 8,2 gramas de sal por dia.