Por Karolina Alvarenga / Fotos Bernardo Guerreiro

O que era pra ser um tranquilo feriado de Páscoa tornou-se um problema. As vice-diretoras das escolas municipais Vereador Pedro Grandchamp e Antônio Carlos Ribas Branco foram chamadas às pressas na tarde de sábado, dia 30, porque as unidade de ensinos tinham sido alvo de vândalos, que depredaram vidros de salas de aula e da secretaria e colocaram fogo na salas de aula. Uma delas, na escola municipal Antônio Carlos Ribas Branco, ficou completamente destruída. Uma carteira derreteu e cortinas foram queimadas.

Foi registrado um Boletim de Ocorrência, mas até o momento ninguém foi preso. Na volta do feriado, na terça-feira, dia 2, pais de alunos ficaram assustados com o ocorrido. Alguns deles preferiram não deixar os filhos nas escolas.

Ribas Branco

Na escola Antônio Carlos Ribas Branco, atualmente estudam 317 alunos, que frequentam do 6º ao 9º ano. A vice-diretora, Ivânia Monte Mor Leite, afirmou que já ocorreram atos de vandalismo, porém não nesta proporção. “Às vezes ocorre esses problemas, é ruim. Tenho certeza que não foram os alunos, só pode ser molecagem”, disse. A instituição de ensino teve documentos queimados, além de cortinas e vidros quebrados.

Grandchamp

A escola Vereador Pedro Grandchamp possui 434 alunos. Lá, a proporção do fogo foi maior. Três salas foram atingidas, duas delas apenas a cortina pegou fogo e tiveram os vidros quebrados. Já em outra sala, do 3º ano do fundamental, o fogo não conseguiu ser controlado e tudo foi destruído. As paredes ficaram pretas e uma carteira derreteu. Ainda não foi calculado o valor do prejuízo.

Para a vice-diretora da escola Vereador Pedro Grandchamp, Maria Teresa Ronconi, “é triste, principalmente com os alunos, com quem cuidamos com tanto carinho. Sempre tivemos um bom relacionamento com a comunidade. Não temos ideia de quem poderia ter feito isso. O grande prejuízo foi privar os alunos de ter um espaço para estudar”, afirmou.

Mais vandalismo

Além de quebrar vidros e colocar fogo nas salas de aula, “os vândalos furam os pneus dos carros, atiram pedra durante o dia, mas nunca sabemos quem são, pois eles agem rapidamente e quando nos damos conta eles já fizeram o estrago e sumiram. A prefeitura vem fazer a troca dos vidros e cerca de 12h depois eles já estão quebrados novamente”, contou a vice-diretora da escola Pedro Grandchamp.

A escola possui grades por toda parte e guardas-municipais que trabalham durante o horário de funcionamento da instituição de ensino. À noite e aos finais de semana, há um guarda que faz a ronda no local. Mas isso não foi suficiente para evitar atos de vandalismo.

Palácio Bom Conselho

Por meio de nota, a Prefeitura de Taubaté informou que atos como este são de “extremo pesar para toda comunidade. Uma vez que o cidadão comete este delito, ele assume a possibilidade de destruição de um prédio público e deve ser indiciado por tal ato, para isto, a Segurança Pública Municipal tem planejado meios de identificação e, principalmente, de inibição de tais indivíduos. A atuação da Guarda Municipal nas Escolas Públicas foi o primeiro passo dentre as medidas que serão tomadas pela segurança dos Prédios Público”.

A prefeitura informou ainda que estuda a instalação de câmeras de monitoramento em unidades da rede municipal de ensino, como forma de coibir a ação de vândalos. “Este caso veio afirmar a necessidade da presença de um sistema de vigilância 24h que, de acordo com os projetos da prefeitura, deverá ser suprido pelas câmeras de seguranças que tendem a ser implantadas principalmente nas Escolas Municipais, a fim de evitar ocorrências como estas.”

A instalação de câmeras de segurança foi uma das promessas de campanha de Ortiz Junior (PSDB). Atualmente a cidade conta com 80 câmeras, mas elas funcionam precariamente e somente na região central da cidade.