Vereadora de Taubaté acredita que os cidadãos estão desprotegidos e que o porte de armas daria a oportunidade de defesa.

Recentemente, a vereadora Vivi da Rádio (PSC) realizou uma enquete em sua página oficial no Facebook, cujo intuito era saber a opinião dos munícipes com relação ao porte de arma. O resultado da enquete foi de aprovação.

No entanto, o que acabou gerando polêmica foi o fato da vereadora ter exposto sua opinião favorável ao porte na tribuna da Câmara Municipal. Fato esse que chamou a atenção de vários internautas, especialmente dos que ficaram indignados com o posicionamento da parlamentar.

vivi

Vivi explica que suas palavras são baseadas em sua ideologia cristã, sob a qual ela foi criada, além também da convivência no meio militar.

“Eu fui casada por 20 anos com militar e eu tenho um filho que estuda na Academia Militar das Agulhas Negras. Eu fui criada e defendo os ideais da família, que são os valores do meu partido. Eu não brigo pelo armamento, mas sim pelo direito do cidadão em defender a sua vida”, explicou-se.

A vereadora diz que está preocupada com a situação do país, sobretudo com a segurança dos cidadãos, mas deixa claro que ela não tem nenhum projeto relacionado com o porte de armas.

“Eu não tenho nenhum projeto [sobre o porte] e também não posso fazer, foi apenas uma opinião minha na tribuna livre da Câmara. O que eu tenho de projeto, juntamente com o vereador Noilton Ramos, é a Escola Sem Partido”, disse.

Entretanto, a parlamentar afirma que, devido à situação da segurança pública no país, hoje o meliante tem fácil acesso às armas, o que dificulta o trabalho da PM. Vivi salienta também que acredita que para que a pessoa possa ter o direito ao porte da arma, ela deve passar por um treinamento a cada seis meses, além de acompanhamento psicológico.

Vivi da Radio

“É preciso comprovar a idoneidade da pessoa, o psicológico dela. São necessárias avaliações psicotécnicas, exigência de treinamento a cada seis meses. O infrator tem o porte da arma e ele pode entrar na sua casa. Hoje, o policial militar não pode atirar ou matar o infrator que faz isso, senão ele entra em processo. Desse jeito nós vamos virar vítimas deles”, desabafa a vereadora.

Questionada sobre a possibilidade de acontecer no Brasil o que acontece nos EUA, onde o porte de armas é legalizado, e que recentemente foi palco mais uma vez de um massacre que deixou 59 mortos e mais de 500 feridos, a vereadora foi taxativa em dizer que não vê relação entre estar liberado o porte de arma com a tragédia protagonizada por Stephen Paddock.

“Isso dos EUA já acontece no Brasil, é só ver o que acontece na Rocinha. A gente não pode dizer que o que aconteceu nos EUA foi culpa do porte de arma. O cidadão tinha licença e treinamento, mas pode ter tido cinco minutos de surto e cometeu essa atrocidade”, disse.

Contudo, Vivi acredita que não será possível acabar com o armamento a partir da legalização do porte de armas, porém, a vereadora acredita que precisa ser criadas penas mais duras para quem descumprir a lei.