Sessão esvaziada de CPI do Senado para apurar o bilionário assalto à Petrobrás. Os raros senadores presentes eram da base governista. O inquirido era Paulo Roberto Costa, aquele ex-diretor que chefiava uma quadrilha que agia dentro da estatal. O jogo de mentirinha revela o nível de comprometimento entre as duas partes. Uma situação tão escandalosa diante da impunidade ostensiva a ponto de abrir a guarda, caso ainda restar alguma autoridade judicial com alguma integridade. Os senadores tiveram a cara-de-pau de ouvir em silêncio, sem qualquer questionamento, a ridícula explicação sobre a origem de R$ 720 mil, US$ 181 mil e € 10 mil apreendidos em sua residência pela Polícia Federal, para pagar algumas despesas. “Foram dólares que nos meus 35 anos de Petrobras economizei, e deixei esse dinheiro como uma garantia, como vários de nós têm dólares guardados em casa. Então, eu não sei qual é problema disso”.