Por Jorge Fernandes
Acit
renovada
Continuísmo com pitadas
de pequenas diferenças
Formada
em ciências contábeis e em economia, Rogéria Ferreira,
51 anos, é a primeira mulher a assumir a presidência da
ACIT. Fluminense de nascimento mas taubateana de coração,
Rogéria pretende implantar projetos que estreitem laços
com os associados sem deixar de lado as políticas implantadas
pela gestão de André Saiki. Confira os melhores momentos.
CONTATO
– Como foi o processo que a indicou para assumir a presidência
da ACIT?
Rogéria – A diretoria do André Saiki vinha
pensando em nomes durante o ano passado e optaram pela indicação
do meu nome. Eles acharam que eu reunia as condições necessárias
para assumir a presidência. Quem me indicou foi o André
[Saiki] e toda a diretoria acabou me apoiando. Resolvemos assumir o
desafio.
CONTATO
– A senhora já estava na diretoria anterior?
Rogéria – Sim. Nos dois primeiros anos eu era
diretora administrativa e em 2006 passei para vice-presidente da ACIT.
O [então] vice-presidente mudou-se de Taubaté e eu acabei
passando para vice-presidente.
CONTATO
– O que seria o projeto Comitês Setoriais?
Rogéria – Eles visam reunir na diretoria da ACIT
representação de associados do comércio central,
do comércio de bairro, prestação de serviços.
Na composição da chapa, nós procuramos atender
e corresponder aos [anseios dos] associados. Pretendemos fazer com que
esses comitês cheguem mais próximos dos associados para
que a gente possa ouvi-los melhor. A ACIT está caminhando para
isso.
CONTATO
– E o Conselho da Mulher?
Rogéria – É uma semente que a gente pretende
desenvolver porque a gente sente que existem necessidades típicas
da mulher empreendedora. Como está aumentando o número
de mulheres no mercado de trabalho, pretendemos trazer mais mulheres
para dentro da ACIT para atender especificamente esse segmento do nosso
empresariado.
CONTATO
– Atrair novos associados seria a maior dificuldade da ACIT hoje?
Rogéria – Eu não diria que é a maior
dificuldade. Acredito que talvez haja até um pouco de desconhecimento
do empresariado sobre o trabalho da ACIT. Através desses comitês,
vamos estar mais perto dos associados enfocando e levando a cultura
do associativismo, que não é tão forte na nossa
região. Pretendemos trabalhar nesse sentido para mostrar a importância
de estarmos nos unindo para alcançar objetivos maiores. A maior
dificuldade talvez seja [o pouco conhecimento a respeito] da cultura
de associativismo e a [falta de] conhecimento do que já é
feito pela ACIT, que vamos divulgar mais.
CONTATO
– A parceria entre a ACIT e a Caixa Economia é o primeiro
projeto da nova administração? Quais vantagens que isso
traz aos associados?
Rogéria – Esse projeto já vinha sendo trabalhado
na gestão anterior. Na realidade, foi o primeiro projeto finalizado
nessa atual gestão. Trata-se de uma parceria que estávamos
trabalhando e que se concretizou agora. O benefício é
o atendimento personalizado aqui na sede da ACIT. Além disso,
um consultor da Caixa mostrará para o associado as melhores condições
de acordo com a necessidade que ele tem.
CONTATO
– Como avalia o comércio na região central de Taubaté?
Rogéria – O comércio é bastante
amplo em toda a cidade e não só no centro. Pretendemos
trabalhar para fortalecer o comércio da cidade independente da
localização. E temos consumidores para isso. Existe o
comércio chamado de vizinhanças e temos o comércio
central muito forte. O objetivo da ACIT é manter o consumidor
em Taubaté, ajudar os empresários e fortalecer nosso associado.
CONTATO
– E a área industrial?
Rogéria – Taubaté tem um parque industrial
forte ainda em expansão. A tendência é se fortalecer
cada vez mais porque temos possibilidade de ampliar.
CONTATO
– Como espera se relacionar com as lideranças políticas
e empresarias da cidade?
Rogéria – Pretendemos intensificar e ter um bom
relacionamento, mostrando e cobrando de acordo com os interesses dos
associados.
CONTATO
– Desde que a senhora assumiu, a ACIT já foi procurada
pelo prefeito?
Rogéria – Já estive com o prefeito. Na
ocasião conversamos a respeito do centro. Ele manifestou que
tem interesse numa revitalização do nosso centro e estamos
trabalhando nesse sentido. [No primeiro momento] vamos ouvir os nossos
associados e num segundo levar as reivindicações até
ele. O prefeito se mostrou aberto.
CONTATO
– A senhora vai dar continuidade aos projetos da gestão
anterior?
Rogéria – Sim. A política de treinamento,
valorizar a educação e a reciclagem do nosso associado
são coisas que sempre a gente apoiou. Aliás, minha aproximação
com a ACIT foi via treinamento. Acredito que as mudanças e crescimentos
passam pela educação. Pretendemos continuar e intensificar
sempre que possível.
CONTATO
– Mas qual seria o diferencial?
Rogéria – Seria essa aproximação
maior com o associado. Não diria que seria uma diferença
marcante porque no final do mandato do Saiki, através das reuniões
itinerantes, já estávamos pensando nesse sentido [de aproximação].
O grupo que está comigo hoje decidiu que vamos intensificar na
melhoria da comunicação entre Associação
e associados. Como já vínhamos trabalhando junto, não
temos a intenção de fazer uma mudança radical.
É uma continuidade com algumas diferenças que irão
surgir.