O DESMATAMENTO E A SOJA EM PILULAS DE NOTÍCIAS

A expansão da fronteira agrícola nas regiões Centro-Oeste e Norte tem se caracterizado pela concentração fundiária e de renda, e por sistemas produtivos baseados em grandes fazendas de gado e monoculturas mecanizada que provocam um grande desmatamento.



Sábado, 14 de outubro de 2006, 09h28

Governo libera R$ 1 bi para soja após apoio de Maggi
O governo vai liberar, na segunda-feira, R$ 1 bilhão para a comercialização da safra de soja. Apesar de a medida fazer parte do novo pacote agrícola que o presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prometeu ao governador reeleito de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), o Ministério do Planejamento nega o objetivo eleitoral e diz que este desembolso já estava previsto em maio desse ano. Uma medida provisória vai garantir a liberação do dinheiro.


Sexta-feira , 22 de Dezembro de 2006

O presidente que discursou na cerimônia de promulgação da Lei da Mata Atlântica não deve ser o mesmo que, ao lado do Rei da Soja , Blairo Maggi, desancou com índios, ambientalistas como entraves ao desenvolvimento do país. Foi algumas semanas atrás, quando ainda dava gás para a ministra Dilma Roussef (Casa Civil) fritar Marina Silva, do Meio Ambiente.

Hoje, Lula estava paz, amor, bichinho e plantinha. Reverenciou Marina, como sempre faz em público. Citou Chico Mendes, claro. E até falou coisa aproveitável, quando criticou o fato de empresários terem de aguardar anos, em alguns casos, para obter a licença ambiental de um projeto.

Leia um pequeeno trecho do seu discurso:

“Provamos, nesses quatro anos, que é possível reconciliar os sistemas produtivos com as aspirações humanistas, igualitárias e ecológicas do nosso povo e do nosso tempo.É o que a nossa querida ministra Marina tem feito com equilíbrio e firmeza. Deve-se à sua tenacidade mestiça, à generosa angulação de seu olhar amplo e penetrante, e à singular trajetória de sua vida, uma mudança importante no vocabulário ecológico do Estado brasileiro”.


Segunda-feira 06 /6 /2005

Entre os candidatos ao prêmio de protesto “Motosserra de ouro para o desmatamento da floresta tropical”, que a organismo Greenpeace concede no Brasil nesta segunda-feira , encontra-se, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um nome que causa polêmica também na Alemanha. Trata-se de Blairo Maggi, governador do Mato Grosso e dono do grupo Maggi, considerado um dos maiores produtores de soja do mundo.

“O governador é campeão absoluto de desmatamento, responsável por 48% do total destruído em 2003–2004”, dispara o ecologista gaúcho Antônio Andrioli, que atualmente escreve na Universidade de Osnabrück, na Alemanha, tese sobre a expansão do cultivo de soja transgênica no Brasil.

O motivo da crítica e também da nomeação de Maggi ao prêmio do Greenpeace são os dados divulgados recentemente pelo Ministério do Meio Ambiente em Brasília, segundo os quais de agosto de 2003 a agosto de 2004 foram destruídos 26.130 km2 de florestas no país. Isso corresponde à metade do território da Suíça e 6% a mais que no ano anterior. É também o segundo maior índice de desmatamento da história – o maior, de 29 mil km2, foi em 1995.

Desmatar para plantar soja

O Mato Grosso é o Estado mais atingido, com 12.586 km2 desmatados, cerca de 20% a mais que em 2002. O Greenpeace responsabiliza o governador e “rei da soja” Blairo Maggi, dono do grupo Maggi (seu braço internacional é a Amaggi), por este alto índice de destruição.

A soja é atualmente o principal produto de exportação do Brasil, rendeu US$ 8 bilhões em divisas ao país em 2004. Grande parte da produção vai para a Europa. A União Européia importa anualmente cerca de 20 milhões de toneladas de soja em grão e em torno de 21 milhões de toneladas de farelo de soja. Segundo Andrioli, só a Alemanha importa cerca de três milhões de toneladas de farelo de soja por ano, a maior parte do Brasil. A expansão do cultivo da soja para estimados 90 milhões de hectares até 2020, incluindo 16 milhões de hectares de savanas e seis milhões de hectares de florestas tropicais, “segue uma política que tem pouca sensibilidade para riscos e conseqüências ambientais”.

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