Ensino Superior

Reitora passa a limpo 100 dias de Unitau

Ouvidoria, restauração de imóveis, Hospital Universitário, vestibular, plano de carreira, manifestação de estudantes, cursos de graduação e pós-graduação. Nada escapou do crivo da reitora da Universidade de Taubaté, professora dra. Maria Lucila Junqueira Barbosa, desde que assumiu o comando da principal instituição de ensino superior do Vale do Paraíba. Em 2007, o orçamento da Unitau deve girar em torno de R$ 119 milhões.


Reitora Lucila

A reitora Maria Lucila Junqueira Barbosa falou, em entrevista coletiva na terça-feira, 10, sobre as ações e estratégias traçadas pela cúpula da universidade desde que assumiu o comando da principal instituição de ensino superior do Vale do Paraíba em julho último. O Hospital Universitário, tido como “maior problema da Unitau”, foi o centro das atenções.


O H.U., atualmente, apresenta déficit mensal de aproximadamente R$ 800 mil e atende cerca de 20% de pacientes de Taubaté, analisou a reitora antes de concluir que a clínica psiquiátrica não irá funcionar no prédio do H.U. “Não há a menor possibilidade para que eu autorize a abertura da clínica psiquiátrica. Não tem ninguém que me convença que aquilo [clínica psiquiátrica] pode ser aberto. Repito: lamento profundamente que tenha acontecido isso”, afirmou Maria Lucila.


Sobre a construção de um novo hospital universitário, a reitora disse que foi procurada “sistematicamente”, mas não tomará nenhuma posição até receber o relatório final sobre o atual H.U., que deverá ser entregue no final deste mês. “Há empenho do prefeito Roberto Peixoto (PSDB) assim como da Unitau para que possamos construir um hospital universitário digno, adequado para atender nossa população. Estamos deliberando sobre a melhor localização deste novo hospital universitário”, disse a reitora.

 

Bolsa de estudos

A reitora aproveitou para frisar que “Pró-reitoria não é mais sinônimo de bolsa de estudos e que não servirão mais de moeda de troca para políticos”. Na área de graduação, afirmou que currículos estão sendo revistos e atualizados, divulgou a criação de cursos tecnológicos e ressaltou a avaliação de cursos como Enfermagem, Relações Públicas e Serviço Social.

 

Plano de carreira

Sobre planos de carreira para docentes e funcionários, a reitora salientou que os critérios para contratação de professores estão seguindo a exigência do Ministério da Educação e também da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Além disso, afirmou que no momento não existe a possibilidade de contratação de novos docentes. “Não estamos vendo nenhuma possibilidade de contratação enquanto não fizermos um redimensionamento de todos os professores. Não vamos mais contratar professores de forma emergencial mas, sim, por meio de concursos para professores auxiliares docentes”.

 

Bernardo Ortiz, federalização e estadualização

Sobre o ex-prefeito e agora ex-professor da Unitau, José Bernardo Ortiz, que foi exonerado em setembro dos quadros da Universidade, a reitora afirmou que não existe “nada pessoal” contra ele e que apenas cumpriu determinação do Conselho Universitário.
Classificou os planos para federalizar ou estadualizar a Unitau como “demagogia de período eleitoral” e descartou qualquer possibilidade de isso ocorrer. Segundo a reitora, os governos federal e estadual não têm como absorver o corpo de funcionários e docentes da Unitau.

 

Vestibular e estudantes

Durante a entrevista, a reitora Maria Lucila destacou ainda as ações para atrair novos alunos como congelamento e descontos na mensalidade e antecipação da data do vestibular. Para ela, essa medida foi tomada para facilitar o pagamento da matrícula. “Tenho certeza que vamos atingir nossa meta de 8 mil candidatos”. Sobre a última manifestação de estudantes, ocorrida no dia 14 de setembro, a reitora afirmou que se tratou de uma “manifestação democrática”. Entretanto, não poupou críticas aos estudantes que serviram de “massa para políticos demagogos”.

 

Ouvidoria e restauração de imóveis

O professor Benedito Donizeti Goulart, da Psicologia, foi eleito por votação direta como ouvidor da Unitau. Com a nova função, Goulart terá que atender e apontar soluções para 19.346 estudantes, 680 professores e 897 funcionários. Doutor pela PUC de São Paulo, Goulart leciona na Unitau desde 1996. A reitora Maria Lucila afirma que está contente com o andamento da restauração de imóveis e espera estender esse programa que irá recuperar a Capela do Bom Conselho, o Solar da Viscondessa e a Vila Aleixo e todos os demais prédios da Unitau.

3) Será que em Taubaté, com uma tradicional faculdade de direito, com tantos magistrados na ativa, não teria um único advogado para cuidar de uma ação como essa em questão?

4) A simples amizade de advogados com um assessor de primeiro escalão é suficiente para dispensar as formalidades e

gidas por lei?

5) Qual a justificativa do departamento Jurídico da prefeitura para contratar um advogado inscrito na OAB em 12 de abril de 2005 e que tem como registro o número 234.863?


Essas perguntas necessitam de respostas urgentes por uma simples razão: o compromisso da administração pública com as gerações futuras. Melhor explicando. Os advogados são esteios da República democrática consubstanciada num Estado de Direito. Uma vez que os próprios advogados encontram meios para burlar a lei que eles juraram cumprir, além de pôr em risco o Estado de Direito, esses advogados contaminam a ordem e transmitem para os mais jovens que a lei foi feita para o trouxas.

 

 
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