A
república petista transformou o Brasil. Temos de tirar
o chapéu. Qualquer negócio tem uma portinha onde
são realizadas operações de agiotagem. Do
supermercado, com seus cartões de crédito às
lojas comerciais com os mais variados tipos de financiamento e
crediário; dos bancos comerciais às empresas prestadoras
de serviço público; das arapucas que oferecem créditos
consignados às cobranças efetuadas pelas lotéricas
espalhadas pelos quatro cantos do país rebaixaram a atividade
produtiva. O produtor é um servo de agiotas parasitas.
Exagero? Confira.
1º exemplo: Banco
Santander é um dos maiores bancos do mundo. Faz questão
de propagar a qualidade de seus serviços. Mas ele abusa
da desinformação de seus clientes. Ano passado,
dois casamentos com apenas um mês de intervalo, do meu filho
e de minha enteada, exigiram recursos além do meu orçamento.
Terminada a festa, fiz as contas, dimensionei o prejuízo
e solicitei um empréstimo para ser amortizado em doze meses.
Seis meses depois, eu dispunha de recursos para liquidar a dívida
e deixar de pagar juros. Qual não foi minha surpresa quando
descobri que a antecipação de pagamento sairia por
um valor superior a somatória das seis prestações
restantes por causa de uma tal Taxa de Liquidação
Antecipada. Graças a esse assalto legalizado, o banco tem
o direito de onerar a antecipação de receita e cobrar
acima do contratado.
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2º
exemplo: O mesmo Santander cobra 8,5 % ao mês de
juros pelo uso do cheque especial. Mas o banco não informa
que está embutido no seu uso uma tal Comissão Sobre
Disponibilização de Receita. Ou seja, não
satisfeito com os juros, o Santander, graças a esse assalto
legalizado, pode aumentar seus lucros com a tal Comissão.
Mais grave ainda: cobram sobre o total do crédito disponível,
independente da quantidade de dias que o cliente utilizou o cheque
especial. Resumo da ópera: os 8,75 % de juros se transformam,
no mínimo, em 17,5 % ao mês. A tal Comissão
é a mesma coisa que uma loja cobrar uma pelas mercadorias
expostas na vitrine, ou um industrial cobrar uma Comissão
sobre seus produtos industriais em seus estoques s empre que a
compra for efetuada. Assalto legalizado e estimulado pelas nossas
autoridades.
3º
exemplo: A Bandeirante Energia, assim como todas as outras
concessionárias de serviços de energia elétrica,
é a mais nova versão de agiotagem. Em Taubaté,
por exemplo, essa empresa “financiará” a modernização
de 75 % dos 24.000 pontos de iluminação. Pequeno
detalhe. Os recursos da ordem de R$ 6.827.954,47 virão
da Eletrobrás para a Bandeirante. Por essa operação,
a empresa federal cobrará juros de 6,5% ao ano da concessionária.
Malandramente, a Bandeirante repassará à Prefeitura
Municipal de Taubaté juntamente com os 25% restantes financiados
por ela própria, a uma taxa de 10,75% ao ano. Essa tal
Bandeirante é agiota ou concessionária de energia
elétrica? 
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