CONTATO - No jornalismo,
é feio ser bonita?
Cynthia - Não sei se é feio, mas
é complicado. No jornalismo ainda existe um certo machismo,
mas a beleza dentro de qualquer profissão tem a sua dificuldade.
CONTATO - Quando começou a faculdade queria ser apresentadora
de televisão?
Cynthia - Não mesmo. A minha vontade era ser correspondente.
Tanto que, quando terminei a faculdade, fui até FENAJ e
fiz minha carteirinha internacional para poder viajar e fazer
algum curso fora. Eu acredito que para chegar numa bancada você
tem que passar por algumas etapas: tem que ser repórter,
editor. Tem que entender um pouco de tudo.
CONTATO - Por que
você aceitou participar de um reality show?
Cynthia - Porque a minha intenção
não era ficar no Brasil, mas voltar para a Nova Zelândia.
Eu fui para a Casa realizar um trabalho, não para despontar
ou ser alguém. Até porque eu não sabia o
que era participar de um reality show.
CONTATO - Essa experiência
atrapalhou sua carreira no jornalismo?
Cynthia - Não acho que atrapalhou, de jeito
nenhum. Pelo contrário. O jornalista precisa ser aberto
a qualquer possibilidade, até para que possa escrever sobre
qualquer coisa. O jornalista não pode ter preconceito.
CONTATO - Você apresentou
um telejornal no SBT que foi muito criticado. Você e a Analice
Nicolau apresentando um jornal com as pernas de fora... Era dificil
ficar na bancada nestas condições?
Cynthia - Você vai aprendendo a lidar com
as situações e para de dar importância para
algumas coisas. O importante é saber que eu estava afim
de trabalhar. Nunca fiquei pensando no que as pessoas iam achar
Sou contratada do SBT. Fui chamada para realizar um projeto e
acho que fiz com a maior dignidade. A gente não usava minissaia
todos os dias, mas a bancada era aberta. Por isso, a minissaia
ficou muito marcada.