O
exercício da liberdade de imprensa incomoda os pobres de
espírito. Ao exercer essa liberdade com independência,
o jornal CONTATO, por exemplo, de forma recorrente, tem sido acusado
de estar a serviço de alguém ou de algum grupo político.
Por isso, há pouco tempo, alguns opositores de Roberto Peixoto
me acusaram de ter sido comprado pelo Palácio Bom Conselho.
Na ocasião, outubro de 2005, fiz e publiquei uma entrevista
com o prefeito e matérias sobre os projetos de seu governo
com destaque para o autódromo, Vale Verde e Plano Diretor.
Todas essas matérias foram capas e publicadas com destaque
em CONTATO. Razão para críticas ácidas e açodadas
por parte de alguns opositores.
Durante o governo Bernardo Ortiz e a campanha eleitoral de 2004,
fui acusado de ter sido “comprado” pelos correligionários
de Antônio Mário, então candidato a prefeito
pela oposição. Curioso observar que é sempre
a oposição quem “compra” minha consciência
e, por conseqüência, o apoio editorial do jornal CONTATO.
Não importa quem esteja no governo.
Roberto Peixoto já elogiou em diversas ocasiões suas
entrevistas publicadas no CONTATO antes e depois de ter sido eleito.
Na última, realizada em outubro de 2005, tive a oportunidade
de conversar reservadamente com nosso prefeito. Durante mais de
uma hora, compartilhei com Peixoto todas as informações
que eu dispunha a respeito de sua administração. E
estabelecemos um acordo: ele, Peixoto, seria a primeira pessoa a
tomar conhecimento das denúncias que recebo ou apuro, desde
que houvesse sinais evidentes de se tratava de fatos concretos.
A reunião foi brindada por seus assessores como um pacto
de paz. Infelizmente, a conversa ficou limitada a uma só
mão. E muitas daquelas informações foram e
estão sendo até hoje transformadas em reportagens.
Um canal direto com o prefeito seria o primeiro passo para a construção
de um relacionamento sério e maduro, como acontece entre
governos e meios de comunicação responsáveis.
Cumpri rigorosamente a parte que me cabia. Porém, em pouco
tempo o resultado foi pior do que eu poderia imaginar. Dezenas de
ligações telefônicas ficaram sem retorno. Aliás,
nenhuma ligação sequer foi atendida. Depois, foram
tantas as trapalhadas que marcaram e ainda marcam a assessoria de
comunicação que CONTATO deixou de procurar o prefeito,
pelo menos com
a insistência com que se tentava.
Dia desses, um assessor do primeiro escalão confessou a este
escriba, diante de testemunha, que a prefeitura de Taubaté
faria uma grande ofensiva publicitária. Motivos: ano que
vem haverá restrições legais e recursos –
pelo menos orçamentários – disponíveis
em 2007. Cheio de dedos, o assessor confessou que o Palácio
Bom Conselho deverá contratar uma agência de publicidade
para adquirir espaços em todos os meios de comunicação.
Nossa resposta foi imediata. Se quiserem comprar espaços
publicitários, serão bem vindos. Somos uma empresa
e dependemos de anúncios e colaboradores para sobreviver.
Mas o nosso espaço editorial não está à
venda. Nossa pauta é decidida democraticamente na redação.
Em Taubaté, infelizmente, muitos veículos de comunicação
sobrevivem à sombra do Palácio Bom Conselho. Mesmo
assim, os assessores palacianos vivem ladrando contra a imprensa.
Recentemente, inquilinos palacianos (Roberto Peixoto, Fernando Gigli
e Silvia Ramiro, por exemplo) protocolaram ações na
Justiça contra minha pessoa e contra o jornal CONTATO. Provavelmente,
à espera que eu aceite as propostas indecorosas que me são
feitas com freqüência à surdina e sem testemunhas
ou provas materiais. Dentro em breve, nossos leitores conhecerão
o resultado dessas ações e o que está por trás
do raciocino de políticos medíocres travestidos de
ôtoridades. Taubaté não merece!!
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