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        Nova 
          Guiné 
          não é a Nova Zelândia
          
          
          Carlos Peixoto entregou a rapadura. Vai tentar convencer 
          o tio e prefeito a comprar usina de asfalto a quente em vez de comprar 
          asfalto que trazia uma usina embutida, como aconteceu no início 
          de 2005. E de quebra, descobriu que a Nova Guiné não fica 
          na Nova Zelândia, conforme ensinam as apostilas que custaram apenas 
          R$ 33,4 milhões.
        
        
         
         
        
          A 
          prazo
           
          Rubinho, dono daquele posto de gasolina da rua Chiquinha de Mattos, 
          estava eufórico, conta Hélio Rossi. Motivo: cliente preferencial 
          do Bom Prato desde longa data, ele fazia propaganda de graça 
          ao tentar convencer Rossi a comer bem e pagar com cheque ou cartão 
          de crédito em longas e suaves prestações as refeições 
          no recém inaugurado restaurante. Pode?
         
        Réu 
          confesso 1
          
          Carlos Peixoto (PMDB), carinhosamente chamado de Carlão, é 
          líder e sobrinho do prefeito Roberto Peixoto (ainda PSDB). Recentemente, 
          ele sugeriu ao tio a reabertura de processo de licitação 
          para aquisição de uma usina de asfalto a quente. Em março 
          de 2005, a prefeitura tentou dirigir uma concorrência para aquisição 
          de asfalto a quente. CONTATO (Boi de Piranha, edição 218) 
          denunciou e provou que se tratava de uma licitação dirigida 
          porque exigia que o asfalto fosse adquirido de uma determinada usina 
          móvel produzida por um único fornecedor no Rio Grande 
          do Sul.
         
        Réu 
          confesso 2
          
          Na época, Carlão saiu em defesa do tio que queria porque 
          queria comprar o asfalto daquela usina. Passados mais de 18 meses, eis 
          que o sobrinho volta à carga. Desta vez, baseando-se em um estudo 
          que teria sido feito por sua assessoria (Valeparaibano 25/11/2006) ele 
          quer comprar a usina. Ah bom!! Parece que Carlão reconheceu, 
          embora tardiamente, que a prefeitura quer comprar uma usina de asfalto 
          a quente. Se eles tivessem feito, em 2005, uma licitação 
          como manda o figurino, com certeza Taubaté já teria sua 
          usina. 
         
        Graça 
          no PFL
          
          É sabido que a vereadora Maria da Graça tem muita afinidade 
          com Marco Bertaioli, dirigente da Federação do Comércio 
          eleito primeiro suplente do PFL à Assembléia Legislativa. 
          Bertaioli é dirigente regional do partido no Vale. Por isso mesmo, 
          a vereadora assina sua ficha no PFL no sábado 2, numa cerimônia 
          em Mogi das Cruzes. 
         
        Santa 
          Aliança
          
          Tia Anastácia está cada dia mais assustada com a troca 
          de amores e favores entre o prefeito Roberto Peixoto e o Partido dos 
          Trabalhadores dirigido por Salvador Soares. O romance é tão 
          explícito que Salvador acaba de divulgar uma resolução 
          para enquadrar o vereador Jeferson Campos. Foi a formalidade burocrática 
          encontrada para impedir que a oposição possa disputar 
          com chances a presidência da Câmara. Peixoto agradece. E 
          como!!
         
        Telegrafada 
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          Jogada prevista em futebol chama-se telegrafada. Qualquer gaiato sabe 
          o que vai acontecer. A compra emergencial de cestas básicas pela 
          bagatela de R$ 1.238.550,00 que a EB Alimentação Escolar 
          receberá por três meses de serviço foi mais que 
          telegrafada. Até Tia Anastácia sabe que os serviços 
          precisam ser recontratados antes que vença o contrato. Caso contrário, 
          os mesmos são suspensos. Foi o que aconteceu com as cestas básicas 
          que eram compradas da Marbel. 
         
        Telegrafada 
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          Resultado da telegrafada: a Prefeitura de Taubaté contratou, 
          sem licitação, a EB Alimentação Escolar 
          que receberá R$ 1.238.550,00 por 11.500 cestas básicas 
          que serão distribuídas ao longo de três meses. Portanto, 
          cada cesta básica de 40 quilos custará R$ 107,70. Bastaram 
          alguns telefonemas disparados pelos sobrinhos da Tia Anastácia 
          para saber que a mesma cesta básica no Supermercado Shibata custa 
          R$ 39,90. A veneranda senhora, indignada, diz que no seu tempo esse 
          negócio seria chamado de superfaturamento. 
         
        Telegrafada 
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          Pelas rádios, o prefeito disse que não tinham qualidade 
          os produtos que vinham sendo entregues pela Marbel, fato que teria provocado 
          o rompimento do contrato. Mas o que nosso alcaide não disse foi 
          que o atraso tinham sido provocado por falta de pagamento, como CONTATO 
          já havia noticiado.
         
        Telegrafada 
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          Como tudo na prefeitura requer medidas emergenciais, Tia Anastácia 
          recomenda que seu amigo Peixoto coloque uma ambulância na porta 
          do Palácio Bom Conselho, apesar do resgate do Corpo de Bombeiros 
          ficar logo em frente. Nesse caso, Peixoto terá de optar entre 
          o Resgate e a Ambulância. Ops!!!
         
        Flagrantes
        Ela 
          merece 
           
          “Versos sarcásticos – Dedicados à 
          diarréica memória da 52ª Legislatura dos Deputados” 
          é o longo nome do livro do escritor Bruno Bezerra, 
          com prefácio do jornalista Heródoto Barbeiro, que será 
          lançado dia 14, no Recife. Veja o que sobrou, por exemplo, para 
          nossa bailarina de São José dos Campos:
          O plenário da Câmara dos Deputados 
          Chegou a virar salão de dança.
          E entre os parlamentares mais animados 
          Havia uma, arrotando pizza e balançando a pança...
         
        Nova 
          lei fará ressurgir 
          instituto da ditadura
          
          O Congresso aprovou e agora só depende da caneta de Lula para 
          entrar em vigor no país a chamada repercussão geral nos 
          julgamentos do Supremo Tribunal Federal. O instituto vai permitir aos 
          ministros da Corte escolherem aqueles processos que devem ser julgados. 
          Os processos vetados voltam para julgamento nas instâncias inferiores. 
          O detalhe é que o mecanismo foi largamente usado durante o regime 
          militar com o pomposo nome de argüição de relevância 
          no Pacote de Abril, de 1977, editado pelo então presidente Ernesto 
          Geisel.