Por Paulo de Tarso Venceslau
          Foto Jorge Fernandes
        Ângelo Filippini (PSDB), 
          presidente da Câmara de Taubaté
        Líder 
          tucano e 2º vice-presidente da Câmara, Filippini tem sido 
          apontado por seus pares como fiel da balança na eleição 
          do presidente da Câmara. Confira os melhores momentos da entrevista 
          exclusiva.
        
        
           
 
          Vereador 
          Angelo Filippini (PSDB) afirma que seguirá determinação 
          do partido para a eleição do novo presidente da Câmara
         
        CONTATO 
          – O senhor está na metade de seu 1º mandato. Compensou 
          ser eleito?
          Filippini – Creio que sim porque [tenho] honrado meus 
          compromissos de campanha que são o resgate [de temas como] o 
          meio ambiente, o turismo e os idosos. E desde a primeira vez que pisamos 
          na Câmara sempre apresentamos emendas sobre a doação 
          de áreas, que foram cerca de 40 doações. Em todas 
          elas, colocamos emendas para que o empresário se comprometa a 
          doar 1% de seu imposto de renda para o Fundo Municipal da Criança 
          e Adolescente. O Fundo foi criado por legislação federal 
          e em Taubaté é gerido pelo Conselho Municipal das Crianças 
          e dos Adolescentes.
         
        CONTATO 
          – A prefeitura apresenta pouco respeito pela questão ambiental. 
          Como membro do mesmo partido que o prefeito como avalia a questão 
          ambiental?
          Filippini – Tem que melhorar e muito. Na mesma ocasião 
          em que pedimos a formação do Conselho Municipal do Turismo, 
          encaminhamos pedido de formação do Conselho Municipal 
          do Meio Ambiente. Uma conquista de grande importância foi transferência 
          do domínio área verde da Casa de Custódia para 
          o município de Taubaté. Foi assinada no último 
          dia do governo Alckmin.
         
        CONTATO 
          – Depois de dois anos, qual a iniciativa concreta da prefeitura 
          na questão do turismo? 
          Filippini – Deram os primeiros passos. O prefeito enviou 
          à Câmara o projeto do Comtur (Conselho Municipal de Turis-mo), 
          que foi aprovado. Recentemente, votamos e aprovamos o Fumtur (Fundo 
          Municipal do Turismo).
         
        CONTATO 
          – Como está a situação do autódromo 
          e o Vale Verde?
          Filippini – Me parece que o autódromo sai em 2007. 
          Tudo isso é importante, mas o mais importante de tudo é 
          a formação do Conselho. Esse é um ponto indiscutivelmente 
          favorável. A partir desse ponto, a gente passa a ter uma política 
          para o turismo. A atual administração tem avançado 
          nos pontos básicos do turismo.
         
        CONTATO 
          – Como avalia a crise interna do PSDB de Taubaté em relação 
          ao prefeito?
          Filippini – Em termos gerais, gostaria que os partidos 
          estivessem bem mais organizados do que estão. Queremos que o 
          estatuto dos partidos não seja uma coisa morta. Em Taubaté, 
          temos um prefeito do PSDB e três vereadores do PSDB na Câmara. 
          Nesses dois anos, reunimo-nos uma única vez, na sexta-feira, 
          1, para discutir questões partidárias referentes à 
          eleição do novo presidente da Câmara. Eu particularmente 
          tenho compromisso com o partido.
         
        CONTATO 
          – Qual o teor dessa reu-nião?
          Filippini – O partido fechou que os três vereadores 
          (Filippini, Vanone e Maria Gorete) deverão votar em um único 
          candidato. Eu vou votar com o partido e acho que os outros também.
         
        CONTATO 
          – Essa decisão é tranqüila para o senhor?
          Filippini – Para mim não. Tinha empe-nhado meu 
          voto no Carlos Peixoto porque entendo que seria o momento certo para 
          que fosse presidente um vereador de primeira legislatura. Ele já 
          foi segundo vice-presidente e é o atual secretário. Internamente, 
          é uma pessoa que angariou simpatia da Casa. Eu disse que votaria 
          nele desde que não houvesse decisão majoritária 
          do partido em contrário. Houve a reunião e ficou decidido 
          que o partido votará unido. Até onde eu entendo, não 
          será no Carlos Peixoto. Como membro do partido, vou respeitar 
          [essa decisão].
         
        CONTATO 
          – A eleição para a presidência da Câmara 
          de um líder e sobrinho do prefeito não cria uma situação 
          de subalternidade da Câmara em relação ao Executivo?
          Filippini – Não necessariamente. Há casas 
          em que irmãos pensam de maneira diferente.
         
        CONTATO 
          – Nesses dois anos, em que momento eles pensaram diferente?
          Filippini – Não me recordo. Mas as opiniões 
          contrárias não se manifestam só na tribuna. Eu 
          repito que a Câmara não é o presidente da Câmara. 
          Somos 14 vereadores. O presidente é importante, sim. Assim como 
          os membros de comissões. Além disso, temos a tribuna livre. 
          Um presidente não tem um poder supremo. Estamos superestimando 
          o poder de um presidente.
         
        CONTATO 
          – O Executivo influencia a eleição da Câmara?
          Filippini – Pode pretender influir e até influir. 
          Na Câmara, tenho visto todos os vereadores participando e debatendo 
          questões. O Carlos Peixoto me procurou, sim. Mas, se ele chegar 
          à presidência e não corresponder ele terá 
          um preço a pagar perante a sociedade. Reitero que não 
          vou votar no Carlos Peixoto. Enquanto estiver no PSDB, respeito a decisão 
          do partido.
         
        CONTATO 
          – Luizinho da Farmácia é candidato?
          Filippini – Ele diz que é.
         
        CONTATO 
          – Falam que existem dois fiéis da balança na Câmara: 
          Luizinho da Farmácia e Ângelo Filippini. O se-nhor se considera 
          um?
          Filippini – Não.