Na 
            visão Védica, o universo passa por ciclos de criação 
            e destruição que duram no mínimo 8,4 bilhões 
            de anos, cada ciclo. Os Vedas admitiam que nem o espaço nem 
            o tempo precisam fluir à mesma taxa para observadores diferentes
          
           
          A 
            literatura dos Vedas e a arqueologia indiana nos fornecem evidências 
            bastante relacionadas com o 
            desenvolvimento da ciência pelos povos que habitavam a Índia. 
            Segundo alguns arqueólogos, existem registros que nos permitem 
            acompanhar estes desenvolvimentos recuando no tempo até o ano 
            8000 a.C. 
            A mais antiga fonte textual destas narrativas históricas está 
            no Rig Veda (Livro dos Hinos) o livro sagrado dos Hindus, que é 
            o mais importante da literatura veda, pois todos os outros derivaram 
            dele. E´ composto de hinos, rituais e oferendas às divindades. 
            Remonta provavelmente ao ano 1500 a. C., com 1.028 hinos, sendo que 
            a maioria se refere a oferendas de sacrifícios, algumas sem 
            relação com o culto. Temos quatro Vedas a saber : Rig 
            Veda , Kanada, Sankhya e Yoga .
            Os textos Védicos apresentam uma visão do universo que 
            é tripartida e recorrente. O Universo é 
            visto como três - regiões, terra, espaço e céu 
            -, que no ser humano estão espelhadas no corpo físico, 
            a 
            respiração (prana) e a mente. Os processos que ocorrem 
            no céu, sobre a terra e dentro da mente são 
            considerados como se estivessem conectados. O universo também 
            está conectado com a mente humana conduzindo à idéia 
            de que a introspecção pode produzir conhecimento. O 
            universo passa por ciclos de vida e morte. 
            Os profetas Védicos estavam cientes de que todas as descrições 
            do universo conduzem a paradoxos lógicos. 
            Na visão Védica, o universo passa por ciclos de criação 
            e destruição. Afirmam que esses ciclos de criação 
            e destruição duram no mínimo 8,4 bilhões 
            de anos. 
            A unidade de medida usada é a "kalpa", que equivale 
            aproximadamente 4,32 bilhões anos. O final de cada "kalpa", 
            realizado pela dança de Shiva, é também o começo 
            da próxima kalpa. O renascimento segue à destruição. 
            Shiva é, muitas vezes, representada com a mão direita 
            sobre um tambor que anuncia a criação do universo e 
            na mão esquerda um bastão ou uma chama que destruirá 
            o universo. O mais notável na cosmologia hindu, que lhe dá 
            uma característica única, é o fato de que nenhuma 
            outra cosmologia antiga usou períodos de tempo tão longos 
            nas suas descrições cosmológicas.
            Existem descrições que mostram que nem o espaço 
            nem o tempo precisam fluir à mesma taxa para observadores diferentes 
            são encontradas nas histórias de Brahma e Purana assim 
            como no Yoga Vasistha. 
            Segundo a crença hindu, o universo é destruído 
            no final de cada kalpa, que é a vida do deus criador 
            Brahma. Entre a destruição do universo e sua recriação, 
            no final de cada ciclo, o deus Vishnu 
            repousa nos anéis de Ananta, a grande serpente do infinito, 
            enquanto espera o universo se auto-recriar. 
            A ciência indiana, mas não a sua religião, sofreria 
            uma profunda modificação com a incorporação 
            dos 
            conhecimentos trazidos pelos gregos. Ocorre que a transmissão 
            das idéias desenvolvidas pelos filósofos gregos para 
            os árabes não foi algo que ocorreu de modo direto. Antes 
            de chegar aos árabes, a filosofia grega passou pela Índia.
            A transmissão de conhecimentos dos gregos para os indianos 
            possivelmente já ocorria desde o final do período grego 
            antigo, em particular desde a época das conquistas de Alexandre, 
            o Grande. 
            Certamente, muitas idéias e inovações científicas 
            surgiram na Índia em uma época anterior à idade 
            científica grega. No entanto, os historiadores não conseguiram 
            mostrar que as inovações criadas pelos indianos de alguma 
            forma estivessem associadas às correspondentes inovações 
            que surgiram na Grécia. 
            Os astrônomos indianos ficaram fascinados com a astronomia grega. 
            Em particular, eles se impressionaram com o método científico 
            que os gregos tinham trazido, e tornado necessário, para a 
            ciência. 
            No entanto, os filósofos indianos estavam pouco preocupados 
            com dados puramente observacionais. Seu 
            principal interesse fixava-se nos princípios subjacentes que 
            governavam o movimento dos planetas, do Sol, e 
            da Lua, ou seja, eles se interessavam mais pela matemática 
            que descrevia estes movimentos e que já havia 
            sido desenvolvida pelos astrônomos gregos.