| Como alinhar desenvolvimento tecnológico, 
              preservação dos recursos naturais e qualidade de vida? 
              Com esta preocupação, Taubaté mais uma vez 
              foi palco para o IV Eco Vale (Encontro do Meio Ambiente do Vale 
              do Paraíba), realizado entre 3 a 5 de agosto, no Hotel Mazzaropi. 
              Promovido pelo SEESP (Sindicato dos Engenheiros no Estado de São 
              Paulo), o evento contou com a participação de lideranças 
              empresárias, políticas e civis da região. Durante três dias, foram realizadas oito seções 
              plenárias onde foram debatidas e desenvolvidas desde idéias 
              a respeito de recursos hídricos, de saneamento básico 
              e de meio ambiente até política e legislação 
              ambiental. Nomes importantes dentro do cenário ambiental 
              do país, como, por exemplo, Thelam Krug, do Instituto Interamericano 
              para Pesquisas e Mudanças Globais do Inpe, Jayme de Seta 
              Filho, da Petrobras, e Francisco Thomaz Van Acker, secretário 
              estadual do meio ambiente participaram ativamente.
 O IV Eco Vale serviu também como preparatório ao VI 
              Conse (Congresso Nacional dos Engenheiros), agendado para o próximo 
              mês em São Paulo, que irá abordar o tema “cresce 
              Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. Além dessa 
              preparação, o Eco Vale preocupou-se em apresentar 
              propostas para os candidatos que disputam à corrida eleitoral 
              este ano.
 No encontro, temas como “Conflito entre desenvolvimento e 
              proteção ambiental”, apresentado pelo secretário 
              estadual do meio ambiente, e “Plano Diretor ambiental”, 
              desenvolvido pelo advogado Antônio Fernando Pinheiro Pedro, 
              serviram como exemplos para a política ambiental do prefeito 
              Roberto Peixoto. O último episódio dessa agressiva 
              gestão ao meio ambiente por parte da prefeitura foi a construção 
              da ponte na estrada do Rio Comprido, região rural de Taubaté.
 A falta de entendimento técnico-informativo entre o Departamento 
              de Obras Públicas e o setor de comunicação, 
              por exemplo, é a parte mais visível desse intricado 
              processo de construção da ponte. A estrada localiza-se 
              sobre o leito do Rio Una onde está prevista a construção 
              de barragens para abastecer Taubaté e regiões vizinhas. 
              Para o primeiro escalão do Executivo taubateano, porém, 
              essa realidade não foi levada em conta. Além disso, 
              a obra consumiu gastos públicos de aproximadamente R$ 600 
              mil numa região cercado por pequenos produtores rurais e 
              um tráfego praticamente nulo.
  
               José 
                Albertino de Abreu (esquerda), diretor do CIESP - Taubaté, 
                com lideres empresarias
 Outro fator preocupante foi a ausência 
                dessa ponte no Plano Diretor da cidade que se encontra praticamente 
                pronto. As seqüelas da construção da ponte 
                na Estrada do Rio Comprido caberão às futuras gerações 
                solucionar, o que está na contra-mão das idéias 
                ambientalistas. O reflexo dessa política pôde ser observada na presença 
                do primeiro escalão do Palácio Bom Conselho ao Eco 
                Vale. Ao invés de participar do evento, o prefeito Roberto 
                Peixoto preferiu ser representado, mais uma vez, pelo vice Alexandre 
                Danelli e por membros do Programa Ensino, Esportes e Juventude.
 |