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          Prefeitura persegue funcionária honesta
           Márcia Ferreira é como a mulher 
          de César: além de ser honesta ela se parece honesta. Basta 
          olhar para ela. Mas a prefeitura que manda cartões de casamento 
          com nossa grana não gosta de gente honesta.
        
         
        Pequenos 
          expedientes
          Nem só de grandes expedientes – compra de livros, apostilas 
          e licitações suspeitas – vive a administração 
          do prefeito Roberto Peixoto. Com a maior cara-de-pau, o alcaide tem 
          enviado cartões por ocasião de casamentos. Ao fazer sua 
          promoção pessoal quando assina os cartões, Peixoto 
          contraria lei. E por cima, manda a conta das despesas com impressão, 
          papel e correio para a choldra – como diria Elio Gaspari – 
          que paga impostos. Tia Anastácia, do alto de sua secular sabedoria, 
          pergunta: “Será que Peixotinho mandaria fazer um cartão 
          pela morte de alguém que não votará mais nesse 
          mundo?”
        
        
          Brasília 
          é aqui
          “Nepotismo é inconstitucional. Fere o princípio 
          da impessoalidade” afirmou a Ministra Cármen Lúcia 
          Rocha, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao defender a proibição 
          em contratar parentes. O que será que a ministra diria se tivesse 
          em mãos a extensa lista de parentes da prefeita e do seu marido 
          contratados pela prefeitura?
        Honestidade 
          ameaça 1
          Marcia Ferreira, ex-gerente de compras da prefeitura, recentemente afastada 
          por ser acusada de vazar informações sobre as maracutaias 
          que ela se recusava assinar, foi transferida para o departamento de 
          Educação, como secretária do seu diretor, professor 
          José Benedito Prado. Em pouco tempo, os inquilinos do Palácio 
          Bom Conselho constataram que ela poderia ser uma ameaça à 
          “ordem estabelecida”. Afinal, muita coisa rolou por ali. 
          Só a escandalosa compra de apostilas envolveu nada menos que 
          R$ 33 milhões. 
        Honestidade 
          ameaça 2
          Assessores do prefeito com poder de mando ordenaram que a honesta, competente 
          e eficiente Márcia Ferreira, funcionária de carreira, 
          fosse transferida para o DOP, comandado pelo engenheiro Gerson Araújo, 
          homem de confiança do prefeito. Em pouco tempo, segundo fontes 
          palacianas, constatou-se que ela poderia colocar em risco vários 
          esquemas que envolvem obras tão legais quanto a compra de livros 
          e apostilas. Imediatamente, Márcia foi afastada e mandada para 
          casa até que a burocracia encontre uma solução. 
          Ou seja, como isolar a funcionária sem correr riscos. Alô, 
          alô Ministério Público. O que mais que os senhores 
          precisam para tomar uma atitude?
          
          MD-171
          Você conhece o MD-171? Aguarde. Em breve Tia Anastácia 
          contará algumas estórias a respeito desse caso de polícia. 
          Tem uma que envolve até a Merrill Lynch. 
        Flagrantes
          Devassa 
          no Planalto
          O Tribunal de Contas da União – TCU – pegou na rede 
          fina mais de três mil notas fiscais – de um total de 30 
          mil - referentes a gastos realizados no cartão corporativo do 
          Palácio do Planalto. O TCU quer confirmar se os estabelecimentos 
          que forneceram as notas existem realmente. A auditoria que tem tirado 
          o sono de nervosos assessores do Planalto, checa compras feitas no interior 
          de São Paulo e Paraná e do Nordeste. O TCU promete um 
          parecer até o final de agosto.
        Quartéis 
          inquietos
          Pé de pato, mangalô três vezes. Só reza brava 
          pode espantar velhos fantasmas diante da previsão sombria de 
          influente ministro do Superior Tribunal Militar. O ministro disse que, 
          se for reeleito, o presidente Lula ficará menos de um ano no 
          poder. Quem vai apeá-lo? Uma possível revolta de jovens 
          oficiais - coronéis e generais de brigada. Vije!!!
        
          Cartas 
          e reparos
          Dois reparos na reportagem “Dramas e tragédias 
          de uma crise anunciada” (Edição 275): 
          
           1) 
          faltou completar o último parágrafo. “Se o prefeito 
          cumprir sua promessa, tomara que o faça, a saúde de nossas 
          crianças estará menos ameaçada. Em compensação, 
          muitos inquilinos do Palácio Bom Conselho devem estar se remoendo 
          diante da redução da margem de manobra para realizar mais 
          negociatas com cartas devidamente marcadas”;
          2) Deixamos de publicar 
          a foto do Diário de Taubaté que trouxe o Relatório 
          de Gestão Fiscal da prefeitura onde as despesas com pessoal aparecem 
          com 52,57 % quando a lei determina um limite prudencial de 51,3 %.
        