Lideranças 
          empresariais se reúnem em São Paulo em uma tentativa de 
          elucidar problemas do setor industrial e apontar soluções
        Por 
          Jorge Fernandes 
        
          
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        Câmbio fluante, deflação, 
          déficit comercial, indexação, liquidez, recessão 
          fazem parte do intricado vocabulário econômico e serão 
          passados a limpo no Congresso da Indústria, nos dias 25 e 26 
          de maio, no Centro de Convenções do Expo Transamérica, 
          na Capital. O evento, capitaneado pela FIESP (Federação 
          das Indústrias do Estado de São Paulo) em parceira com 
          o CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), 
          visa apontar perspectivas ao setor econômico/industrial tanto 
          no âmbito paulista quanto na esfera nacional. 
          O presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) e o governador paulista 
          Cláudio Lembo (PFL) devem participar nesta sexta-feira do encerramento 
          do Congresso. Na ocasião, ambos receberão um documento 
          com os pontos mais importantes da indústria que poderá 
          servir de diretriz para o programa político federal e estadual 
          nas eleições de outubro. 
          Joaquim Albertino de Abreu, diretor regional do CIESP-Taubaté, 
          é um dos articuladores do Congresso da Indústria. Segundo 
          o executivo, o setor industrial mantém um “canal aberto” 
          com o presidente Lula. “Desde o início da gestão 
          de Paulo Skaf [presidente da FIESP], temos uma participação 
          intensa junto ao governo federal na busca de soluções 
          para o setor”. Para Albertino de Abreu, posições 
          políticas/ideológicas não devem obstruir o crescimento 
          industrial do país.
          “Temos uma carência de emprego e, pela burocracia ainda 
          existente, temos dificuldade de exportação de micro e 
          pequenas empresas”, afirma Albertino de Abreu. Para o diretor 
          regional do CIESP, se os juros permanecerem na casa de dois digitos, 
          a situação dificilmente apresentará um horizonte 
          promissor.
          A crise mundial enfrentada pela empresa Volkswagen também faz 
          parte do cardápio que será apresentado aos participantes 
          do Congresso da Indústria. Deve-se ressaltar que em Taubaté 
          as relações entre a prefeitura e o Centro Industrial da 
          região deixa muito a desejar. No último dia 15, por exemplo, 
          estava previsto um encontro entre a prefeitura e o CIESP. A reunião 
          foi suspensa e ainda não foi remarcada.