Vereadores 
                de Taubaté concordam com a política adotada pelo 
                Congresso Nacional quanto a redução do recesso parlamentar. 
                Alguns até já redigiram Projeto de Lei para acabar 
                com o recesso durante o mês de julho.
              Pressionado 
                pela opinião pública e pela imprensa, o Congresso 
                Nacional aprovou, em votação simbólica, o 
                projeto que extingue o pagamento de salário dobrado para 
                parlamentares durante a convocação extraordinária. 
                Para muitos, uma saída honrosa para desvencilhar da imagem 
                maculada por mensalão, valerioduto, etc. Apenas 9 parlamentares 
                posicionaram-se contra o projeto que extingue salários 
                extras em caso de convocação. Da tribuna da Câmara, 
                Alberto Fraga confirmou que os parlamentares foram acuados pela 
                imprensa. “Isso para mim não é democracia, 
                é uma ditadura da imprensa”, acrescentou
              Taubaté
                A decisão da Câmara Federal e do Senado reverberou 
                e atingiu outras instâncias. Na Câmara Municipal de 
                Taubaté, os vereadores, quase em uníssono, apoiam 
                a aprovação do projeto federal que extingue o pagamento 
                de salário dobrado para parlamentares durante a convocação 
                extraordinária. Entretanto, quando questionados sobre a 
                possível aplicação dessa mesma medida no 
                legislativo taubateano, os vereadores divergem. Confira a opinião 
                dos edis a respeito das seguintes perguntas: 1) 
                Qual opinião do (a) vereador (a) a respeito da decisão 
                do Congresso Nacional em suspender o pagamento de salário 
                extra a deputados? É a favor ou não desta medida?; 
                e 2) Há uma possibilidade de isso ocorrer na Câmara 
                Municipal de Taubaté? 
              
              Henrique 
                Nunes (PPS), presidente da Câmara de Taubaté
                • 
                “Os vereadores de Taubaté, diferentemente do trabalhador 
                comum, não recebe 13º salário, férias, 
                FGTS, hora extra, abono, participação na empresa 
                e nem ao menos recolhe para o INSS. Portanto, no período 
                do recesso nada mais justo do que ter um subsídio extra. 
                É uma forma de compensar o baixo subsídio em relação 
                às demais Câmaras Municipais.”.
              
              Maria 
                da Graça (PTC)
                • “Apoio a medida tomada pelo Congresso Nacional que 
                suspende o pagamento extra. Temos a possibilidade de fazer o mesmo 
                em Taubaté e já demos um passo neste sentido, diminuindo 
                o recesso. Taubaté, desta forma, seria a cidade com menor 
                recesso do país, pois no mês de Julho não 
                teríamos recesso. Desta forma não seria necessária 
                a convocação extraordinária”.
              
              Orestes 
                Vanone (PSDB)
                • “Sou totalmente favorável a redução 
                do período de recesso e ao não pagamento do mesmo 
                [no Congresso Nacional]. Acredito que isso possa ocorrer na Câmara 
                Municipal de Taubaté porque existe, por parte dos políticos, 
                uma busca por uma melhor adequação para atender 
                aos apelos da população. Não tem mais sentido 
                [manter]a medida que uma instituição maior extingue”.
              
              Jeferson 
                Campos (PT)
                • “Sou amplamente favorável. O Brasil vive 
                um tempo de mudança. Ë muito dinheiro que poderia 
                ser utilizado de outra forma. Estou fazendo uma proposta de emenda 
                à Lei Orgânica com apoio das vereadoras Pollyana, 
                Graça, Gorete e Maria Tereza para extinguir o recesso de 
                julho. Vai ser protocolado na primeira sessão ordinária 
                (7 de fevereiro) ”.
              
               
                Ary Filho (PTB)
                • “Acho que [a Câmara Municipal] tem que seguir 
                o caminho que foi aprovado pelo Senado e Congresso Nacional se 
                esses dois poderes maiores aprovaram o cancelamento de subvenção 
                de deputados e senadores, acredito que todos têm que seguir: 
                a Câmara Municipal de Taubaté, junto com as Assembléias 
                Legislativas”.
              
              Pastor 
                Valdomiro Silva (PL)
                • “É errado o que acontece lá [em Brasília], 
                mas não foram esses deputados que fizeram essa lei. Pelo 
                contrário. Eles tiveram a iniciativa de mudá-la. 
                Sou a favor dessa mudança. Aqui na Câmara de Taubaté 
                é diferente porque há uma convocação 
                do prefeito”.
              
              Professora 
                Pollyana (PPS)
                • “O pagamento de subsídios extras aos parlamentares 
                ocorre quando há levantamento do recesso do Poder Legislativo, 
                convocado para votar matérias consideradas de relevante 
                interesse público, e quando há urgência de 
                aprovação das mesmas. O que têm ocorrido é 
                que muitos parlamentares, no Congresso Nacional, são convocados, 
                porém, não comparecem nas sessões extraordinárias, 
                mas recebem como se tivessem comparecido. O levantamento do recesso 
                sem critérios, ou seja, quando não é levado 
                em consideração o relevante interesse público, 
                é prática imoral e deve ser combatido e abolido. 
                Os levantamentos de recesso no legislativo taubateano nesta legislatura 
                foram solicitações do Prefeito Municipal. Sou totalmente 
                contra o pagamento de subsídios a quem não trabalha. 
                Isto é afronta aos princípios de uma administração 
                pública séria e que respeita o erário público. 
                Sou uma das vereadoras que subscreveu o projeto de lei que está 
                em trâmite nesta casa, que acaba com o período de 
                recesso no mês de julho”.
              
              Rodson 
                Lima (PSC)
                • “A decisão do Congresso deixa para o povo 
                julgar; o povo sabe o quanto eles (parlamentares) trabalham. Costumo 
                trabalhar de verdade todas as vezes que sou convocado e como escreveu 
                o apóstolo Paulo: “Digno é o trabalhador do 
                seu salário”.
              
              Ângelo 
                Filippini (PSDB)
                • “Sou a favor [da iniciativa do Congresso Nacional. 
                Sim [quanto a possibilidade de o mesmo acontecer com a Câmara 
                de Taubaté]”.
              
              Maria 
                Gorete (sem partido)
                • 
                “O que foi implantado na área federal dever servir 
                de modelo para todas as Assembléias Estaduais e Câmaras 
                Municipais. No entanto, este novo recesso deve ser respeitado, 
                tanto pelo Poder Executivo como próprio Legislativo. [O 
                mesmo] deve ser implantado não só em Taubaté, 
                mas em todas as Câmaras Municipais. Podemos adiantar que, 
                mesmo em recesso, já há uma proposta de emenda à 
                Lei Orgânica Municipal a ser apresentada oportunamente, 
                assinadoa pelo vereador Jeferson Campos,[por mim] e mais as vereadores 
                Teresa Paolicchi, Professora Pollyana e Graça, encerrando 
                o recesso legislativo do mês de julho”.
              
              Chico 
                Saad (PMDB)
                • 
                “Sou totalmente favorável a essa medida do Congresso 
                Nacional. Isso só vai ocorrer nas Câmaras Municipais 
                se houver uma unanimidade em todas as casas legislativas. O gasto, 
                por exemplo, na Câmara Municipal de Taubaté é 
                infinitamente melhor do que no Congresso Nacional. Aqui, o gasto 
                gira em torno de R$ 42 mil. Além disso, aqui nunca deixamos 
                de votar, pelo menos, 15 projetos”.
              
              Luizinho 
                da Farmácia (PDT)
                • 
                “Os deputados devem votar todas as matérias de interesse 
                da população no tempo hábil, para que não 
                precise de convocação extra. Evidentemente que na 
                emergência de uma convocação acho justo que 
                devem receber por estarem trabalhando. Haja vista que qualquer 
                trabalhador deve receber por suas horas extras trabalhadas. Quanto 
                a possibilidade de isso vir a ocorrer em nossa Câmara, não 
                [concordo]. Porque são duas casas completamente diferentes 
                no que tange a divergência de matérias. Nós 
                vivemos a realidade de nosso município e ao nosso povo 
                que nós devemos procurar, votar matérias em qualquer 
                tempo, para seus benefícios”.
              
              Maria 
                Tereza Paolicchi (PSC)
                • “[Sou] favorável, pois, alguns parlamentares, 
                salvo engano, nem mesmo compareciam naquelas importantes plenárias. 
                Além disso, [eles] ganham diversos outros benefícios 
                extras, e não necessitam de salários extraordinários. 
                Há na Câmara Municipal um Projeto de Lei [propondo] 
                a redução do tempo de recesso, ou seja, pretendendo 
                o suprimento do recesso do mês de julho. O projeto foi assinado 
                por [mim] e por outros vereadores”
              
              Carlos 
                Peixoto (PSC)
                • Recusou-se a responder.