A
formação de nebulosas
As nebulosas são aglomerações de poeiras e de restos
de estrelas mortas. Muitas vezes, após longos processos de condensação
gravitacionais, produzem outras diversas estrelas. É um morrer e renascer
constante
![]() Nebulosa em que foi agregada a matéria oriunda das explosões da estrela Eta-Carinae A nebulosa Eta-Carinae está classificada como NGC 3372, e cobre uma área de três graus do céu. Está a uma distância de 8.800 anos-luz, e tem um diâmetro de 460 anos-luz |
A Eta Carinae (pronuncia-se éta cariné) tinha uma massa aproximadamente
100 vezes a massa do Sol, é era 4 milhões de vezes mais brilhante
que este, o que a tornava a estrela mais luminosa da região da galáxia
onde habitamos. A nebulosa em que foi agregada a matéria oriunda das
explosões dessa estrela nos fornece um exemplo de como surge uma nebulosa.
Prenúncios desse colapso aconteceram nos anos 1820-1845 .Nesta época
Eta Carinae, sofreu uma série de erupções que a tornaram
a segunda estrela mais brilhante de todo o céu, sendo visível
em pleno dia. Estando a uma distância de 8.800 anos-luz daqui, é
fácil se concluir que o evento foi muito mais brilhante que o da explosão
de uma “Nova”. Entretanto, a estrela sobreviveu à catástrofe
inicial. Seu brilho aparente caiu para oitava magnitude e deu origem a uma
nebulosa bipolar.
De forma simplificada, podemos dizer que astro é todo corpo que está
no espaço. Entre planeta e estrela, a diferença é basicamente
devida a grandeza da massa. Em geral, os corpos que são 100 vezes menores
do que o Sol são chamados de planetas. Os que são até
100 vezes maiores são estrelas. As estrelas brilham porque possuem
uma “fornalha atômica”, ou seja, um processo de fusão
nuclear dos átomos existentes em seu corpo e, assim, há a emissão
de luz. Os corpos pequenos esfriam, tornando-se planetas. As nebulosas, por
sua vez,são aglomerações de matéria inter-estelar
que, muitas vezes, após longos processos de condensação
gravitacionais, produzem diversas estrelas. De fato, constituem-se em berçários
de estrelas.
Uma estrela, com massa muito grande, no fim de sua vida fatalmente explodirá,
O exemplo mais famoso é a Nebulosa do Caranguejo, que é o resto
da supernova que explodiu em 1054.
O que comumente leva uma estrela a morrer é a falta de combustível
( matéria suficiente ) para a manutenção do processo
de fusão atômica no núcleo estelar. A ausência do
processo de fusão faz com que o corpo maciço de uma estrela
se parta.
As camadas exteriores são então ejetadas com grande violência,
num último rugido do astro moribundo.
O que sobra inicia um processo igualmente violento de implosão, impelido
pela hercúlea força gravitacional gerada pela massa remanescente.
A densidade atinge nível crítico e o raio da estrela diminui
até que a gravidade na superfície fica tão intensa que
nem a luz, a coisa mais veloz que existe, pode escapar. A estrela encolhe
em um tamanho diminuto, tornando-se um buraco negro.
O início do colapso é imediatamente acompanhado por um intenso
disparo de radiação eletromagnética e por uma onda de
choque gerada pela matéria expelida. Os átomos seriam gradativamente
desacelerados pela própria gravidade do corpo central que, embora minúsculo,
continua influenciando localmente o espaço-tempo.
Posteriormente, esse material será agregado a uma nebulosa, onde se
tornará matéria-prima para formar novas estrelas. Já
a radiação, que por um instante fez da estrela decadente objeto
mais brilhante, não encontrará freios. Galopando pelo cosmos
num ritmo de 300 mil quilômetros por segundo - o limite máximo
de velocidade da luz -, essas radiações intensas e invisíveis
atingirão a Terra em cerca de 10.000 anos. Banharão todo o hemisfério
Sul com a poderosa energia. As conseqüências serão imprevisíveis,
mas poderão incluir um aquecimento da alta atmosfera e mutações
letais em seres vivos na superfície. Seja lá o que vier, boa
coisa não será.