Recentemente, uma pequena confusão chamou a atenção na Câmara Municipal de Taubaté. Duas mulheres, Letícia Rodrigues e Adriana Fuchs, representantes do grupo “O que podemos fazer para ajudar a melhorar Taubaté”, foram acusadas de algazarra pelo diretor da Casa de Leis, Kelvi Soares, que chamou a Polícia Militar para retirá-las da galeria durante a sessão que estava em curso.

No entanto, o ato gerou uma repercussão negativa nas redes sociais, especialmente por parte das munícipes, que tiveram que evacuar a área. Em entrevista ao Jornal Contato, Letícia Rodrigues negou que elas estavam fazendo algazarra.

“De maneira alguma nós fizemos algazarra. Todas as vezes que nós vamos lá (Câmara), nós fazemos manifesto. Isso é um lugar democrático. Eu acho que era, né? O presidente (da Câmara) é geral, o diretor não pode tomar as dores do diretor da Câmara. É um ato de extrema arrogância e perseguição”, relata Letícia.

Entretanto, outro motivo foi apontado para a revolta das munícipes durante a sessão ordinária, realizada há duas semanas. Um dos motivos apontados pela diretoria da Câmara seria de que tanto Letícia quanto Adriana estariam revoltadas pelo fim do “cafezinho”, que é servido nas audiências.

Segundo Letícia, não foi exatamente isso que chamou a atenção delas no ocorrido.

“O café não é nem tanto, mas a perseguição de não podermos mais falar com os vereadores. Eles realmente tiraram o cafezinho e isso eu acho que é por represália e perseguição. Eu e a Adriana não precisamos disso, mas e as pessoas que trabalham lá? E as pessoas que estão fazendo serviço na rua e vão lá tomar o cafezinho? Eu acho um absurdo isso”, ressalta.

Todavia, a dupla afirma que elas sempre estão presentes nas sessões e audiências na Câmara para “somar com os vereadores”, além de ter o intuito de fiscalizar os mesmos. E foi numa dessas fiscalizações que Adriana Fuchs notou algo.

“Estava tendo a chamada dos vereadores e o Diego Fonseca deu presença para os 19 vereadores. Aí a Lê (Letícia Rodrigues) bateu no vidro e falou que a vereadora Gorete não estava presente e ele (Diego Fonseca) continuou dando presença para ela. A Lê abriu a porta e pediu para a Vivi (da Rádio) deixar ela entrar e ela entrou e falou novamente que a vereadora Gorete não estava presente na sessão. Ele (Diego Fonseca) virou e falou que ela (Gorete) não estava presente, mas o assessor estava. O assessor não é o representante do povo. Na verdade ele não pode votar. Ele estava pondo presença para ela sem ela estar presente no plenário. Nós começamos a discutir e desde esse dia nós estamos sofrendo represálias”, afirma Adriana Fuchs.

Segundo a munícipe, elas vão continuar a fiscalização, além da intenção de entrar com um requerimento para fazer uma nova vista sobre a presença dos vereadores em todas as chamadas das sessões desde o começo do ano.