Durante audiência pública no dia 04 de julho na Associação dos Produtores Rurais de São João do Caru, no Maranhão, o deputado estadual Fernando Furtado (PCdoB) fez um pronunciamento racista e homofóbico acusando índios da terra Awá-Guajá de “não trabalhar, não produzir” e conclui dizendo que “são um bando de veadinhos”. O áudio desse discurso encontra-se em https://youtu.be/DLu7NRKR3q0 (o mais curto) e https://youtu.be/k5aHt2c1yE0 (o mais longo). CONTATO procurou o vereador Douglas Carbonne (PCdoB) para saber se essa é a opinião dos comunistas

 

Jogo Rápido com Douglas Carbonne
CONTATO: Como representante do PCdoB na Câmara Municipal e sua principal liderança em Taubaté, o senhor tomou conhecimento do discurso do seu colega deputado estadual do Maranhão Fernando Furtado? Qual sua opinião a respeito?
CARBONNE – Estou sabendo agora através dessa reportagem do jornal Estado de São Paulo que você está me apresentando. Vou localizar na internet o áudio desse pronunciamento. Eu considero que seja um ato isolado do deputado. Esse discurso contraria totalmente os ideais, o histórico e o próprio programa do nosso partido. O PCdoB é um partido reconhecido por defender justamente a causa das minorias. Eu agradeço ao Jornal Contato por me trazer essa informação e vou protocolar um requerimento repudiando esse pronunciamento do deputado Fernando Furtado. Vamos exigir que a direção do partido tome providências publicamente sobre o fato e preparar uma Moção de repúdio ao pronunciamento do deputado que iremos aprovar aqui na câmara e faremos chegar à direção nacional do partido em Brasília.

 

Vereador Douglas Carbonne e a secretária Edna Chamon

Vereador Douglas Carbonne e a secretária Edna Chamon

 

Na manhã de terça-feira, 22, o deputado Fernando Furtado utilizando a tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão fez uma retratação formal, assumindo a responsabilidade pelo discurso. Furtado apresentou seu pedido de desculpas pela sua fala naquela audiência pública, isentando o PCdoB de qualquer responsabilidade pelo seu pronunciamento. O deputado assumiu que errou e concluiu dizendo: “Nunca fui, não sou e jamais serei homofóbico”. Assim agindo, deixou a direção do partido totalmente à vontade para tomar qualquer providência a respeito do fato.