Mesmo com a construção do novo camelódromo, os atritos entre os ambulantes e a prefeitura perduram. Os comerciantes alegam que as vendas caíram significativamente e culpam o prefeito pelo mau momento dos negócios.

 

O atrito entre a prefeitura e os ambulantes parece não ter fim. O novo capítulo dessa novela envolve agora o novo camelódromo da cidade, que não caiu no gosto da população.

Segundo os ambulantes, o número de vendas caiu drasticamente devido a nova localização das lojas. Em outrora, os comerciantes atuavam em calçadas do centro da cidade, no meio da circulação dos consumidores, que reclamavam da falta de espaço para se movimentarem.

Outra reclamação dos ambulantes é a falta de propaganda da prefeitura para o local. A administração municipal, de fato, prometeu realizar campanhas de publicidade para promover o novo camelódromo, mas isso é algo que ainda não aconteceu.

A prefeitura afirma que está desenvolvendo spots publicitários que serão difundidos nas principais rádios da cidade, além de comerciais em uma TV comunitária e faixas de divulgação nos principais pontos da cidade.

Todavia, esses atritos podem ameaçar um acordo entre Ortiz Junior e os ambulantes. O prefeito assinou um documento em que autoriza a atuação dos comerciantes nas ruas da região central. Esse acordo aconteceu um pouco antes da entrega do espaço, porém, após esse episódio de atrito, o acordo pode não acontecer.

Apesar de a prefeitura desconhecer a ameaça dos ambulantes, o posicionamento não deve mudar. Foi investida uma quantia de R$ 3,35 milhões para a construção do espaço, mesmo com 32 meses de atraso.

O novo camelódromo conta com 136 boxes e está localizada um pouco abaixo do Mercado Municipal, uma distância considerável das ruas onde os ambulantes costumavam atuar.

A construção do local foi determinada pela Justiça em 2013, após tentativa da retirada dos comerciantes das ruas da região central pelo governo tucano.

Com a ajuda dos vereadores aliados, o prefeito conseguiu baixar um projeto na Câmara que proíbe a atuação dos comerciantes que possuem boxes nos camelódromos de atuarem nas ruas.