Em março de 1929, Edwin Hubble mostrou que as galáxias distantes estão se afastando de nós e que esse afastamento se faz com uma aceleração que aumenta com a distância.

Esta expansão tem ocorrido desde que o universo foi formado a 13,5 bilhões de anos, durante um quentíssimo e denso evento inicial conhecido como Big Bang.

Uma das causas dessa expansão é a existência da “Energia Escura” que é uma forma de energia que estaria distribuída por todo espaço e tenderia a acelerar a expansão do Universo. A principal característica da Energia Escura é ter uma forte pressão negativa gravitacional.

Se opondo a essa Energia Escura existe a chamada “Matéria Escura”.

A matéria escura foi proposta nos anos 1930 por Fritz Zwicky para explicar a diferença entre a massa gravitacional e a massa luminosa de aglomerados de galáxias (Fritz Zwicky estava estudando as rotações de galáxias).

O Universo invisível é composto de Matéria Escura e Energia Escura.

 A matéria escura não pode ser vista por astrônomos com telescópios. Ela não emite nem reflete luz, por isso, não brilha como uma estrela.

Basicamente, a matéria escura não pode ser vista e os cientistas conseguem apenas imaginar onde ela está com base nos efeitos gravitacionais do que eles podem notar.Não conseguimos ver a matéria escura, mas podemos detectá-la por seus efeitos na matéria normal por meio da gravidade (rotação, efeitos de lentes gravitacionais) e pelos raios-X emitidos pela matéria escura quente.

As galáxias e os aglomerados galácticos no Universo não estão distribuídos aleatoriamente. Ao contrário, foram agrupados em longos filamentos (paredes) intercalados com espaços vazios (lacunas), resultando assim uma estrutura semelhante à teia de aranha. A matéria escura é a responsável por isso.

Assim, em vários pontos do espaço, uma batalha invisível e gigantesca vem sendo travada entre essas duas forças notáveis (Energia Escura X Matéria Escura) e elas poderão destruir grande parte do Universo. Essas forças opostas têm poder suficiente para desintegrar o Universo átomo por átomo.

A descoberta da matéria escura e da energia escura colocou a hipótese de um possível encolhimento do Universo em segundo plano (as teorias criadas no passado sobre o Big Crunch defendiam que o Universo, após uma expansão, iria sofrer uma retração, igual à de um balão de gás perdendo ar, e voltaria ao seu tamanho original).

O resultado disso é que agora alguns astrônomos  acreditam que, se a matéria escura contrabalançar em parte a energia escura, o Universo se expandirá mais lentamente  e concomitantemente as estrelas gradualmente irão perder energia, consumindo todo o seu combustível e deixando o Universo sem luz, sem calor e sem vida.

Dentro dessa hipótese, o fim do Universo poderá acontecer dentro de apenas 50 bilhões de anos. Porém, caro leitor, certamente outros grandes sobressaltos na ciência vão continuar mudando nossas crenças a respeito do Universo e de como ele vai acabar.

Antônio Marmo de Oliveira, antonio_m@uol.com.br