No
dia 27 de agosto, D.W.F.S torceu o tornozelo enquanto brincava na
escola, com dores. A mãe levou o garoto ao PSM (Pronto Socorro
Municipal) da Gurilândia, bairro onde moravam. No posto, o
médico receitou apenas Dipirona para passar a dor e liberou
o garoto.
Na quarta-feira, dia 29, a dor
no tornozelo persiste e aumenta. Vânia, mãe do menino,
leva o garoto para o PSM do Centro, onde passa em consulta com um
ortopedista que troca a medicação e manda que faça
massagens no local inchado, em casa. Dois dias depois, novamente
o menor é levado para consulta ortopédica no PSM Central
com muita dor. Ele vai embora após o médico passar
um spray e receitar novo remédio para dor.
Sábado, 1º de setembro,
ainda com dores, mas agora com os dois pés inchados, a criança
é levada pela quarta e última vez ao PSM do Centro.
As 13h51 do sábado, a mãe de D.W.F.S. é informada
que seu filho passou mal, teve uma parada cardíaca e não
resistiu, chegando a óbito.
Segundo informações
dadas por Vânia à polícia, o menino não
aparentava qualquer tipo de doença, era forte e saudável.
Saudades
A avó paterna da criança,
Rosa Maria Barbosa, se emociona ao lembrar do neto. “Ele [o
neto que faleceu após a torção] era um menino
muito com saúde[sic], levado, sapeca. Agente não entende
o que aconteceu”.
Para a família, o caso
está muito mal explicado. Eles, familiares, acreditam na
hipótese de erro médico. “O menino não
tinha nada, de repente ele morre. Fizemos o que podia ser feito,
agora está tudo nas mãos de Deus”.
Rosa disse que espera ansiosa
o resultado do laudo do IML de São Paulo. “Esquecer
agente nunca esquece, né?, mas pelo menos poderemos saber
o que aconteceu com nosso menino”, lamenta a avó.
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Investigação
A delegacia da mulher de Taubaté
está investigando o caso. Segundo a polícia, já
foi instaurado inquérito policial para saber se houve ou
não negligência médica. A delegada responsável,
Regina Pelogia, já ouviu a mãe da criança
e nos próximos dias irá ouvir a avó do menino.
Rosa cuidou do neto nos últimos dias de vida enquanto a
mãe trabalhava.
Pronto
Socorro
De acordo com o coordenador
do Pronto Socorro Municipal de Taubaté, Dr. João
Ebran, as fichas médicas de atendimento da criança
foram analisadas e não foi encontrada qualquer irregularidade.
O menino, segundo Ebran, foi atendido por dois ortopedistas profissionais
e experientes, que adotaram todos os procedimentos necessários
para o caso.
Ebran disse, ainda, que conversou
com os médicos sobre o atendimento oferecido a vitima e
garante que todo o procedimento legal foi feito. Porém,
no dia 1º de setembro, D.W.F.S chegou em estado grave no
PSM e não foi possível reanima-lo e o garoto acabou
falecendo.
O coordenador está
aguardando o laudo com a causa morte para esclarecer o caso. “Analisei
todo o atendimento, conversei com os médicos que atenderam
a criança e não constatei nenhuma irregularidade.
Estou aguardando o laudo com a causa morte e se for necessário,
faremos uma averiguação interna”.
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