Por Gutão (turma XXXVII) e Lú (turma XXXVI)


A semana da Pátria de um reitor

 


Bandeira do AAABM. Associação Atlética da Medicina de Taubaté.

 

Durante a 40ª Intermed realizada em Santa Rita do Passa Quatro, um grupo de alunos da Medicina de Taubaté notou um aparente anônimo torcedor que fez questão de cumprimentar um a um os jogadores da Paulista de Medicina que acabara de vencer um partida de vôley. O torcedor chamava pelo nome cada jogador, o técnico e os membros da Associação Atlética presentes em quadra.
Curiosos, os alunos de Taubaté procuraram saber quem era aquele senhor. Descobrimos tratar-se simplesmente do Prof. Dr. Ulysses Fagundes Neto, reitor da Paulista.


Seria somente admiração e competência? Com certeza não, mas estes são detalhes que fazem a diferença numa grande instituição que reconhece o esporte e o empenho de seus alunos ao levantar a bandeira de sua escola.


Em Taubaté, a Associação Atlética da Medicina (AAABM) enfrentou grandes problemas com a falta de apoio e de reconhecimento, além do preconceito do nosso Departamento, da UNITAU e da própria prefeitura.


Caímos novamente para a segunda divisão da Intermed. Faltou muito pouco para permanecermos na elite dos jogos das faculdades de medicina. Parabenizamos o nosso futebol de campo masculino (2° colocado), o xadrez (3° colocado) e o beisebol (4°colocado), além de todos nossos colegas que com muita raça e determinação representaram a FMT e a cidade de Taubaté.


Porém, permanece a indagação: O que leva o reitor da Escola Paulista de Medicina a sair de São Paulo, em pleno feriado de 7 de setembro, para assistir aos Jogos das maiores faculdades de medicina do Estado, numa pequena cidade do interior? Será que ele está errado e os nossos omissos representantes estão certos?

 

Por Glauco Callia

Em defesa do Hospital Escola
Qui disiderat pacem, preparem belum!( Provérbio romano)



Corre u
m boato no Hospital Escola: a UNITAU teria planos de cancelar o funcionamento dos novos leitos psiquiátricos que estão sendo construídos com o dinheiro do Estado no HUT.


Algumas fontes relacionadas ao projeto afirmam que a autarquia municipal em regime especial (alguém pode me explicar o que esse “regime especial” significa?) não estaria disposta a fazer mais investimentos no Hospital do Puxadinho. Motivo: a construção de um novo HUT. Por isso, uma nova verba para incrementos não faria sentido.


Onde há fumaça há fogo. Infelizmente, os tristes anos de falta de políticas públicas em Taubaté ensinaram os alunos a se preocuparem muito com boatos.


Qual deve ser a real função do HUT? Ser apenas um hospital de ensino ou um hospital assistencialista? Há quem diga dentro da UNITAU que um hospital de ensino é aquele que possui somente as áreas básicas (clinica médica, ginecologia, pediatria e cirurgia) que ensinem o feijão com arroz e que o hospital assistencialista é o que atende a população.


Acontece que os alunos dependem diretamente do número de atendimentos e das discussões acadêmicas realizadas a partir destes atendimentos para que haja um ensino de saúde satisfatório. Como cada caso é um caso, quanto maior for o número de casos atendidos, melhor preparado estará o profissional (médico, enfermeiro e fisioterapeuta) formado pela universidade!


Os burocratas precisam entender que o ensino de saúde é diferente e, por isso, deve ser tratado de maneira especial. Por outro lado, um hospital de ensino depende diretamente do assistencialismo. Logo, não há como separar os dois.


É mau começo o novo HUT justificar o corte de leitos onde os alunos aprenderiam sua profissão. Ninguém na FMT é contrário à construção de um novo HUT. Mas somos contra a idéia de um hospital compacto (leia-se com poucos leitos e especialidades).


Os alunos consideram que o problema não está no tamanho nem na disposição física do hospital, mas no contexto da Saúde. Se a nova instituição vier acompanhada de um acordo real de apoio por parte do município - que investe muito pouco mesmo não dispondo de hospital próprio - por parte do estado - elevando o teto operacional dos serviços prestados assim como seus credenciamentos e integrando efetivamente o HUT com o Hospital Regional -, aí sim teremos um terreno fértil para o crescimento do novo Hospital Escola.


Esse novo hospital necessita de uma burocracia otimizada e um plano diretor de longo prazo, o que também faz parte do programa de campanha da nova Reitora. Acreditamos, mais do que ninguém, que ela tem capacidade de desatar este nó górdio, mas sem o uso de espadas, apenas com sua competência e retidão.


Porém, que não cortem os leitos que a cidade tanto precisa e fundamental para que o novo HU vislumbre uma possibilidade de crescimento voltado para as mudanças que ocorrem no contexto profissional da medicina.

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