Por: Beti Cruz - biabeti@hotmail.com

Professora Beti Cruz, Oliveira Costa nos tempos de solteira, desabafa diante da violência que tomou conta do nosso estado, parou São Paulo, a maior cidade da América Latina, e propõe algumas medidas que poderão ser tomadas por nossas autoridades.

Eu havia preparado algumas palavras sobre a tática de integrantes do governo federal de rebater críticas jogando sempre a culpa nas elites, nos tucanos e na imprensa. Mas, diante deste Dia das Mães triste e sangrento, mudei de idéia. Nosso maior problema, que agora volta à tona, é mais importante do que qualquer outro. Ele diz respeito a todos nós, independentemente de posição social, crença religiosa, cor da pele ou simpatia por este ou aquele partido político. Alguma coisa tem que ser feita logo, não podemos viver sob ameaças e ações desses bandidos que não têm dó nem piedade de ninguém.
Nossa primeira reação é de medo. Em seguida, muita gente diz que o governo não faz nada, que é preciso colocar mais policiais na rua. Outros, que os bandidos deviam ter as mãos cortadas. Ou então que a pena de morte deve ser implantada. Sabemos todos que mais policiais na rua podem coibir o crime, mas não resolverão o problema. E que medidas tão drásticas como as duas últimas até poderiam surtir algum efeito, mas estão fora dos padrões atuais. Temos que pensar em outras soluções. Para isto, toda a sociedade deveria ter condições de exprimir suas opiniões. E como não encontramos canais disponíveis no momento, poderíamos começar com protestos.
Vemos através de jornais e da televisão que outros povos manifestam seu descontentamento indo para as ruas. Recentemente estudantes franceses derrubaram uma lei porque tiveram coragem de enfrentar o governo. Argentinos protestam contra uma fábrica de papel uruguaia barrando a entrada de turistas daquele país ou enviando moça seminua para saltitar diante de governantes do mundo todo reunidos em Viena. Não podemos ficar de braços cruzados.
Se nossos presídios não são suficientes, outros terão que ser construídos. De preferência bem longe das cidades, a quilômetros de distância de qualquer lugar habitado, para ali trancafiar os elementos mais perigosos. Isolados. E nada de visitas, muito menos de telefones celulares! E que juízes deixem de tratar com “humanidade” gente que de humano não tem quase nada. Dêem escolas e tarefas ocupacionais aos passíveis de recuperação. Aos outros, os chefes que de dentro das prisões comandam barbaridades, castigo rigoroso.
Não podemos ficar à mercê de tresloucados bárbaros que nos declaram guerra. Nem que para isto tenhamos que deixar de lado obras previstas, como a nova ponte para a Argentina e outras e outras mais. Verbas têm que ser destinadas ao Projeto Maior. Verbas e idéias conjuntas.
É chegada a hora de os governos dos estados e o federal se unirem à sociedade para juntos combatermos o inimigo.

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