Por Marlon Maciel Leme
colaborouPaulo de Tarso Venceslau

Flagrante foi desdobramento de apreensão realizada há 10 dias em Taubaté


Policias da DIG carregam caminhão com mercadoria roubada. Polícia chegou junto com o caminhão baú carregado de muamba

Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Taubaté apreenderam grande volume de mercadorias na manhã de quinta-feira, 23, nas duas unidades da Lojas Luddy, localizadas na região central da cidade. É a segunda apreensão em cerca de 10 dias.
Documentos averiguados pela DIG levaram a polícia até os estabelecimentos onde a mercadoria estava sendo comercializada – Rua Visconde do Rio Branco, 308, e Rua Conselheiro Moreira de Barros, 291. Os produtos tinham suas embalagens alteradas e recebiam rótulo da Loja Luddy. Pelo menos oito homens e dois caminhões foram necessários para remover os produtos do interior dos estabelecimentos. Por questões de segurança, a polícia não informou para onde a carga seria levada. Até o fechamento desta edição, a polícia ainda não tinha uma estimativa do volume apreendido e o valor do material.
Entre a mercadoria apreendida na loja especializada em produtos de R$ 1,99, havia biscoitos, bolachas, balas, doces, salgadinhos, produtos de limpeza e utensílios domésticos.
De acordo com o delegado Paulo Roberto Rodrigues, parte da mercadoria corresponde aos mesmos produtos encontrados há cerca de dez dias em dois galpões localizados no Bosque da Saúde e no Jardim Maria Augusta, durante operação entre a DIG e a Polícia Rodoviária Federal.
O delegado confirmou que na apreensão foram encontrados produtos roubados da Arcor. A fabricante argentina de chocolates possui uma unidade de produção entre Bragança Paulista e Extrema (MG). “Eles pegam o material já embalado, substituem por uma etiqueta própria e colocam a vendas nas lojas com preços abaixo dos praticados pelo fabricante”, comentou Rodrigues.
O proprietário da Lojas Luddy, Rodolfo Alex Esteves, foi preso na tarde de quarta-feira, 22. Ele foi localizado por investigadores da DIG numa casa alugada nas proximidades da Casa de Custódia. Segundo a polícia, o comerciante planejava usar o local como esconderijo. Enquadrado por crime de receptação (artigo 180), Esteves teve a prisão temporária – por cinco dias - decretada pela Justiça e permanece detido no Centro de Triagem.
De acordo com o delegado, o acusado não possui passagens pela polícia. Agora a DIG busca provas que liguem Esteves com um forte esquema de roubo de cargas no Estado de São Paulo.

Procura-se
A polícia ainda não tem pistas do paradeiro do irmão de Rodolfo, Roberval Alécio Esteves. Ele é procurado há cerca de dez dias por envolvimento na receptação da mercadoria roubada. Alécio conseguiu escapar da prisão depois que a polícia chegou aos galpões onde a quadrilha estocava os produtos. Rodrigues informou que Alécio também possui uma loja de produtos R$ 1,99, em Cruzeiro.
Na primeira apreensão, segundo a polícia, a carga foi avaliada em aproximadamente R$ 200 mil. Na ocasião, a polícia precisou de seis caminhões para transportar as mercadorias. Sete pessoas foram detidas e liberadas depois de prestarem depoimento à polícia.


 

 

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