Por: Fabrício Junqueira- fabriciojunqueira@hotmail.com

Após nove partidas, seis derrotas, um empate e duas vitórias, ocupando a penúltima colocação no grupo 2 da série A-2, a diretoria do Taubaté resolveu trazer o experiente treinador Walter Zaparolli que possui duas passagens anteriores pelo Burrão - a primeira foi e, 1998 quando o clube quase ascendeu à Primeira Divisão do futebol e a segunda foi quando quase caiu para Quarta Divisão, em 96. Esse é o perfil de Zaparolli, um técnico que trás no currículo muitos acessos, alguns tropeços e, acima de tudo, muita disciplina.

 

CONTATO - Quando iniciou na carreira de treinador?
Zaparolli
- Em Marília, em 1982, nas categorias menores. Em 83 ajudei o Mac a fugir do rebaixamento e quem acabou caindo foi o São José. Depois rodei por vários clubes do interior de São Paulo e pelo futebol paranaense. Subi com o Novorizontino, em 85, e com o Velo Clube. Com o São Caetano em 92 e subi também com o Paraná em 2002. Estive em duas oportunidades no Taubaté. Em 88, não subimos por muito pouco. Em 1996 também passei por aqui, a equipe brigava para não cair e acabou não caindo, mas fiquei pouco tempo.

CONTATO - Agora você volta com a missão de salvar o Taubaté do rebaixamento...
Zaparolli
- Essa situação é incomoda. Não se justifica buscar culpados nesse momento. Traçamos objetivos e dividimos o planejamento. Nas próximas duas semanas temos dois jogos para sair da 9ª para a 8ª posição.

CONTATO - Como está psicologicamente o elenco?
Zaparolli
- Estão abatidos. Não encontram razão para as derrotas dessa fase. Fizemos uma sondagem rápida da situação e acho que precisa voltar a alegria, o prazer de jogar futebol porque se não mudar o quadro emocional, dificilmente vamos sair desse quadro. Temos 15 dias, dois jogos, duas decisões para reverter isso.

CONTATO - Que avaliação você faz da equipe?
Zaparolli
- Temos muitas carências. Um time que toma 21 gols e faz 15 no campeonato, mostra que não tem defesa. Temos que acertar problemas de posicionamento e precisamos de um bom zagueiro de área.

CONTATO – Você tem fama de técnico linha dura. Concorda?
Zaparolli
- Não sei se sou disciplinador. Fui policial militar, sou de uma família italiana, criado em colônia, na época do café, até meus 15 anos e lá não tinha “bala russa para cercar quintal”, sabíamos qual era nosso limite. Aprendi isso e sempre tive uma conduta reta e sou responsável naquilo que faço. Tudo que você faz com transparência funciona. A responsabilidade é minha, o tempo é curto e quero um time consciente. Não quero ver um time que marca gols e não vibra.


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